Em Operação, Polícia Civil prende suspeitos de terem desviado recursos da Prefeitura de Nova Hartz entre 2015 e 2016

Nova Hartz/Região – Na manhã desta quinta-feira (27), a Polícia Civil deflagrou a Operação Misha, após cinco meses de investigações sobre desvios de tributos na Prefeitura Municipal de Nova Hartz, que teriam sido feitos por servidores públicos, nos anos de 2015 e 2016 – embora a Polícia suspeite de que ocorram desvios desde 2010. Três suspeitos foram presos.

A suspeita é de que três servidores tenham usado o sistema da tesouraria do município para os desvios, inseridos dados falsos no sistema, para que pudessem ficar com parte do que era pago de impostos pelos contribuintes do município. Eles teriam informado valores menores no sistema, e ficado com a diferença.

Um dos principais suspeitos era tesoureiro na Prefeitura de Nova Hartz e ostentava carros de luxo (foto) e viagens ao exterior, sendo que o seu salário era de apenas R$3 mil.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat) está cumprindo três mandados de prisão temporária, dois de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão em Sapiranga, São Leopoldo, Campo Bom e Imbé. São 36 policiais envolvidos na Operação. O esquema foi, primeiramente, investigado pela Delegacia de Nova Hartz, que indiciou um dos servidores, que seria o mentor da fraude, por peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações, no ano passado. Os três suspeitos, que foram presos, não trabalham mais na Prefeitura de Nova Hartz.

Estima-se que 45 pessoas foram lesadas, com os desvios ocorridos entre 2015 e 2016. Segundo o delegado Max Otto Ritter, titular da Deat, a análise do relatório referente aos desvios que teriam ocorrido em 2010 e 2014 será realizada em um segundo momento. Também será preciso, segundo o delegado, verificar como a Prefeitura Municipal irá lidar com essa situação, uma vez que as pessoas pagaram os tributos e têm comprovantes desses pagamentos, porém para a Prefeitura, constam como se estivessem devendo impostos.

Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Civil.

 

Foto: Polícia Civil