DP de Campo Bom prestes a solucionar 100% dos homicídios

Resolutividade | Dos seis homicídios de 2014, apenas um segue em investigação, mas há um suspeito

Campo Bom – Os crimes que envolvem mortes violentas assustam e geram sensação de insegurança nos moradores. Uma das formas de amenizar este tipo de delito é o policiamento ostensivo, o combate ao tráfico de drogas e a investigação da forma de atuação das quadrilhas e facções criminosas.
E quando o assunto é investigação criminal, a delegacia da Polícia Civil em Campo Bom apresenta aproveitamento de quase 100% nos índices de esclarecimento dos crimes. Com um trabalho diferenciado, a impunidade, de fato, passa distante de Campo Bom. Dos seis homicídios registrados em 2014, cinco tiveram os autores identificados e suas prisões decretadas pelo Poder Judiciário. “Encaminhamos pedidos cautelares e tivemos deferidos nossos pedidos. Isso dá celeridade aos processos e aumenta a confiança da população nos serviços prestados pela Polícia Civil”, argumenta o delegado, Clóvis Nei da Silva.
O delegado esclarece que diversos fatores são preponderantes para o esclarecimento de um homicídio. Entre as razões que contribuem para o êxito de uma investigação, está o fato de em algumas situações, não existirem testemunhas ou provas materiais no local do crime. “Às vezes, não se tem impressões digitais e isso atrapalha. Mas, a resolutividade também se deve ao trabalho da equipe da Delegacia”, pondera.
High tech
A tecnologia é outro diferencial na Delegacia de Campo Bom. Há pouco tempo, foram instaladas oito câmeras para monitorar a entrada e saída de pessoas. Na região, a DP é uma das únicas a contar com o sistema. Outra novidade é a identificação biométrica dos envolvidos em crimes, que agora, é feito pela impressão digital.
Proposta é transformar Delegacia de Campo Bom em modelo para o estado
O delegado, Clóvis Nei da Silva, explica que a proposta das lideranças políticas e da segurança em Campo Bom é transformar a DP em um local modelo. “A próxima medida a ser implantada é uma sala com computador para o registro de ocorrências, como furto e perda de documentos. No momento, estamos providenciando a instalação de novos aparelhos de ar condicionado em salas que ainda não contavam com este conforto. O projeto de reforma contemplou ainda a adequação de um banheiro para cadeirantes”, destaca.
Realidade de Sapiranga
Recém empossado no cargo de delegado em Sapiranga, Fernando Branco busca reestruturar a Delegacia, que em 2014, registrou 27 mortes violentas – recorde absoluto de homicídios desde a emancipação de Sapiranga.
Até 20 de novembro de 2014, conforme declaração do antigo delegado de Sapiranga, Ernesto Clasen, os policiais civis haviam esclarecido 13 das 27 mortes de 2014.
Entretanto, o delegado Fernando Branco disse ao Repercussão que um relatório completo de todos os casos e a situação dos envolvidos nos crimes ainda não está disponível. “Espero concluir este relatório em no máximo, 15 dias”, destacou o delegado.