Destino do policiamento comunitário de Campo Bom é incerto

Campo Bom – O convênio entre estado e municípios para a realização do policiamento comunitário foi encerrado em fevereiro deste ano. Desde então, órgãos como CONSEPRO e Brigada Militar de Campo Bom buscam renovar junto ao estado o convênio, que consiste em ofertar uma ajuda de custo aos policias para atuarem em seus bairros.

No entanto, a Secretaria de Segurança Pública ainda não se manifestou, e o processo segue parado. O capitão da Brigada Militar, Tiago Reimann, afirmou ao Repercussão que pretende manter os policiais nos núcleos de policiamento comunitário e, caso o governo opte por encerrar o programa, realizará um planejamento para manter este tipo de policiamento, que tem tido resultados e diminuído a criminalidade. “Nós da Brigada Militar vamos fazer um planejamento e vamos continuar realizando o policiamento comunitário, talvez com outro layout, outra metodologia. Vamos ver qual será a melhor forma, mas com certeza, essa dinâmica do policiamento comunitário, essa metodologia a gente vai tentar mantê-la, pois hoje, a Brigada Militar de todo o Estado é comunitária”, disse.

Policiais desassistidos pelo Estado

De acordo com o presidente do CONSEPRO, Pedro Rogério, a falta de resposta complica a situação dos policiais. “O processo continua parado, e o capitão se comprometeu, enquanto não houver uma posição, em manter esses policiais vivendo no núcleo. Nós, enquanto CONSEPRO, ficamos tristes (com o provável fim do policiamento comunitário). Além desse trabalho ter dado resultado, tem uma questão que o Governo e a SSP teriam que avaliar, que é a condição desse policial, o ser humano que está por traz daquela farda. Muitos vieram de outras cidades morar aqui, pagavam aluguel com esse auxílio moradia, e eles estão tendo um ônus agora”, pontua, preocupado.

Lideranças comentam

Pedro Rogério, presidente do CONSEPRO de Campo Bom.

“A perda do policiamento comunitário para nós é um retrocesso muito grande, pois nos bairros onde há, já havia melhorado a segurança. Precisamos de uma decidão para saber que rumo vamos tomar ou saber quais as alternativas podemos trabalhar no entorno para que possamos manter um trabalho nesse sentido”.

 

 

Tiago Reimann, capitão da Brigada Militar de Campo Bom.

“A BM nunca vai deixar de assistir a comunidade. Somos uma instituição que trabalha 24 horas por dia, 365 dias no ano. Estamos sempre juntos da comunidade e trabalhamos para fazer com que os cidadãos de bem do município de Campo Bom tenham um policiamento adequado para que todos tenham aquela sensação e segurança e gostem de morar no nosso município”.

Texto: Taylor Abreu

Fotos: Divulgação