Denarc apreende mais de 300 quilos de drogas em Araricá e causa prejuízo de R$ 10 milhões na facção

Araricá – Agentes do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realizaram uma grande ação que resultou na apreensão de 300 quilos de cocaína, maconha e crack em um sítio de Araricá. A droga pertencia a facção criminosa e a estimativa é de que o prejuízo para o tráfico seja de R$ 10 milhões.

Foram apreendidos 96 quilos de crack, a maior apreensão do ano no Vale do Sinos, 94 quilos de cocaína e 67 quilos de maconha, além de R$ 20 mil em dinheiro. A operação ocorreu na manhã de sábado com desdobramentos no domingo. Na manhã desta segunda, o Denarc divulgou o resultado final do trabalho.

Conforme informações do diretor do Denarc, Carlos Wendt, o sítio fica na zona rural do município e funcionava como ponto de depósito e distribuição da droga, que vinha de países da América do Sul.  Do local, as drogas eram levadas para todo o Rio Grande do Sul.

Segundo o delegado Gabriel Borges, a investigação iniciou há 60 dias na cidade de Sapiranga, tendo em vista a sequência de trabalhos investigativos realizados na região do Vale dos Sinos. O mesmo grupo criminoso já havia sofrido dois duros golpes em Novo Hamburgo: no mês de janeiro, foram apreendidos 400 quilos de maconha, cocaína e crack e R$ 80 mil em dinheiro; em março, outros 147 quilos de crack e cocaína, alémd e R$ 240 mil em dinheiro.

FACÇÃO MUDANDO PARA ÁREAS RURAIS 

Com o avançar da investigação foi possível apurar que o grupo havia mudado sua forma de atuação, utilizando áreas rurais para armazenamento das grandes quantidades de entorpecentes.

No monitoramento do homem responsável pela entrega dos entorpecentes nos locais de venda foi constatado que ele comparecia com frequência num sítio localizado numa área rural de Araricá. No sábado (1º), quando o este homem saiu do interior do sítio e conduzia seu veículo numa estrada na área rural do município, foi feita a abordagem.

No interior do seu veículo, foram localizados 3 quilos de cocaína pura e R$ 20 mil em dinheiro. Em razão da situação de flagrante, feito foi feito o ingresso no interior do sítio. Num galpão, localizado no final da propriedade, foram encontrados os entorpecentes escondidos em tonéis: os 96 quilos de crack, 94 quilos de cocaína e 66 quilos de maconha.

COCAÍNA PERUANA E COM ALTÍSSIMO GRAU DE PUREZA

Também foram apreendidos telefones celulares, material para embalar o entorpecentes, balanças para pesagem da droga e o veículo utilizado para a entrega dos entorpecentes. A cocaína apreendida é de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza, a qual submetida a processos químicos poderia render até cinco vezes a quantidade ao crime organizado.

Um segundo homem, que não era investigado inicialmente e que saía da parte da frente do sítio no momento da entrada da equipe policial, também foi conduzido à delegacia de polícia e terá sua conduta apurada em sede de inquérito policial. Todo crack apreendido poderia render mais de meio milhão de pedras a serem vendidas pelas ruas da região metropolitana de Porto Alegre e interior do estado.

PERDA SIGNIFICATIVA NAS FINANCAS DO CRIME ORGANIZADO

O Delegado Gabriel Borges ressalta que a ação quebrou a logística e afetou de forma muito significativa as finanças do crime organizado, e que os trabalhos investigativos visando grandes apreensões de drogas, responsabilização da líderes do crime organizado e descapitalização das organizações criminosas continuarão como principal foco de atuação.

O diretor-geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, ressalta que, em um espaço de 10 dias, o departamento impôs um prejuízo de, aproximadamente, R$ 20 milhões ao crime organizado, demonstrando a eficácia da estratégia adotada para a descapitalização desses grupos criminosos.