Delegacia de Sapiranga desmonta laboratório de maconha premium

Sapiranga – A identificação do laboratório caseiro que cultivava maconha premium, no bairro São Luiz, pode ser a ponta de uma rede nacional de adeptos do cultivo de cannabis no Brasil. Diferente da maconha traficada em bocas de fumo, a droga encontrada em Sapiranga possui alto teor de THC (tetra-idrocanabinol), representando entre cinco a seis vezes a mais de efeito psicoativo do que a droga convencional.

Despertou a atenção dos agentes da Delegacia de Sapiranga a participação do indivíduo preso, de 32 anos, de um grupo de WhatsApp com integrantes de todo o Brasil e que cultivam maconha em estufas clandestinas. Aos policiais, o indivíduo tentou se explicar e confidenciou que cultivava a droga para o consumo próprio, pois estava cansado de ser humilhado em bocas de fumo e ter que comprar drogas ‘de segunda mão’. Apuração dos agentes da Delegacia de Sapiranga indicam que o responsável pelo laboratório tenha investido cerca de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 mil na estruturação das estufas e na obtenção de químicos, sementes e aparelhagem para obter resultados satisfatórios na produção do entorpecente.

A Polícia informou que o preso foi enquadrado no artigo 33 da Lei 11.5543, que estabelece sanções para quem cultiva, fabrica ou adquire produtos para produção de entorpecente. “Ele foi enquadrado criminalmente nos artigos 33 e 34 da lei 11.553”, confidenciou uma fonte policial da Delegacia de Sapiranga, que explicou ainda que o indivíduo possuía de cinco a seis tipos de cannabis em suas estufas.

SEMENTE A R$ 120,00

Na operação policial que resultou na identificação do indivíduo no bairro São Luiz, a Polícia Civil localizou três diferentes tipos de sementes de maconha premium (Northern ligth, Blueberry e Critical), e são compradas no mercado negro da internet por preços que podem chegar até R$ 120,00 cada semente. Cada muda, segundo a polícia, resultava em 50 gramas de maconha premium. Agora, a polícia investiga se existem outros casos semelhantes de cultivo ilegal em Sapiranga e na região.

 

 

 

 

Fotos: Polícia Civil