DEIC prende autores de desviar recursos públicos

Operação Misha | Outras pessoas podem estar envolvidas no esquema. Login de servidor aparece 40 vezes em desvios

Nova Hartz – Uma longa investigação que iniciou em junho de 2016 resultou na prisão de três pessoas e na condução coercitiva – quando o acusado é obrigado a depor – de outros dois envolvidos. A Polícia Civil não revelou a identidade de nenhum dos acusados. Denominada de Operação Misha, a ação resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias dos três presos.

Entre os crimes que os presos estão sendo acusados, está o peculato – quando o servidor público se apropria, subtrai dinheiro público indevidamente ou lança dados falsos no sistema do Poder Público. Conforme o delegado Max Otto Ritter, os acusados lançavam no sistema da tesouraria da Prefeitura valores inferiores aos pagos pelos contribuintes. “Essa diferença entre o valor pago pelo contribuinte e o lançado no sistema, os acusados embolsavam”, relata o delegado.

Conforme a equipe de investigação, foi constatado 45 desvios praticados pelos servidores públicos. “Um dos presos cometeu o crime 40 vezes e os outros acusados cinco vezes”, pondera o delegado responsável pela investigação.

Em primeira mão

– O escândalo do desvio de recursos do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) na Secretaria da Fazenda foi noticiado em primeira mão pelo Jornal Repercussão em 23 de junho de 2016. Na época, a Administração petista, através do ex-prefeito, Arlem Tasso, foi até a Delegacia da Polícia Civil, em Nova Hartz, onde prestou depoimento sobre os indícios de irregularidades na tesouraria da Prefeitura.

– A ação da semana passada foi liderada pela Delegacia de Repressão ao Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

Crédito da foto: Polícia Civil/DEIC