Corpo é identificado e Sapiranga registra 25 homicídios em 2014

Sapiranga – Depois que a irmã de Jénerson Leandro de Oliveira (o Manchinha), 33 anos, reconheceu o corpo do seu irmão que estava desaparecido desde o domingo (7), a Polícia Civil confirmou o homicídio, que é o 24ª de 2014 no Município.
E na segunda-feira (15) uma nova execução elevou para 25 o número de mortes violentas no ano em Sapiranga. O recorde absoluto de crimes contra a vida em um mesmo ano no Município ficou mais expressivo depois que Jéverson de Oliveira Borges, 24 anos, foi assassinado dentro de sua residência, na Rua Amapá, bairro Amaral Ribeiro. No momento do crime, as três filhas de Jéverson estavam no quarto e não foram atingidas pelos tiros. A vítima acabou morrendo com tiros no peito e nas costas.
A Polícia Civil acredita que a morte de Jéverson tenha relação com o tráfico de drogas. Antes de ser executado, ele fazia trabalhos de pintor.
Guerra do tráfico
*A Brigada Militar informou que a vítima do 25º assassinato na cidade em 2014 possuía antecedentes criminais por lesão corporal, porte ilegal de arma, esteve foragido e foi indiciado em duas oportunidades por tráfico de drogas, uma em 2008 e outra em 2010.
*Conforme a Polícia Civil de Sapiranga, a principal hipótese para do crime é que a execução tenha ocorrido por um acerto de contas, em razão do tráfico de drogas.
*A Brigada Militar destaca que mais de 90% dos homicídios em Sapiranga possuem relação com o tráfico de drogas.
Julgamento de Eder Beatto termina sem definição em Sapiranga
Na quarta-feira (17), ocorreu na Comarca de Sapiranga o julgamento de Eder Beatto, 34 anos. Ele está sendo acusado de ser o autor de um roubo à pedestre no dia 29 de janeiro deste ano. O crime ocorreu em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, no Centro, e câmeras de monitoramento gravaram toda a ação. Porém, as imagens não são nítidas se de fato era Eder.
A família defende a sua inocência e acredita na absolvição de Eder ainda nesta semana. “O Eder é um homem trabalhador. Foi prestar um depoimento no Fórum de um outro crime e acabou preso. O Eder é uma pessoa de bem. A única arma nossa é a bíblia”, argumenta a esposa de Eder, Ionara Borges. Familiares acompanharam todo o julgamento do lado de fora da Comarca.
Aguarda decisão
O advogado defensor de Eder Beatto no caso, José Carlos Dri, revelou para a reportagem que durante o julgamento desta quarta-feira (17) as duas testemunhas da vítima não reconheceram Eder Beatto como o autor do roubo. “A defesa foi apoiada em depoimentos de 12 testemunhas que comprovaram que Eder estava trabalhando no momento do crime. Os defensores foram um dos principais argumentos a favor do acusado. O promotor deve analisar o caso e dar o veredito se Eder é culpado ou não até o fim desta semana. Enquanto isso, Eder permanece preso preventivamente”, explica Dri.