Vídeo: Clínica de reabilitação de dependentes químicos é fechada em Sapiranga

 

Sapiranga – Uma ação conjunta da Prefeitura, Polícia Civil, Ministério Público (MP), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (30), fechou a Clínica Terapêutica Ferrabraz, no bairro Santa Fé. A investigação da Polícia Civil que culminou com o fechamento do estabelecimento iniciou há seis meses, após uma denúncia junto ao MP sapiranguense. Denúncias de maus tratos, cárcere privado entre outros tipos de violência integram a lista de crimes que forçaram a ação de hoje no local.

A Polícia Civil de Sapiranga confirmou que o local funcionava irregularmente. “Durante a preparação para o cumprimento de mandados nesta segunda-feira, nossa maior preocupação era para onde levar os internos. Com o apoio da Secretaria de Saúde  de Sapiranga, chegamos até o estabelecimento e flagramos essa situação de descumprimento de diversas normas sanitárias, civis e criminais”, disse o chefe da Investigação da Polícia de Sapiranga, Carlos Medeiros.

O delegado responsável pela Delegacia de Sapiranga, Rafael Sauthier, que responde interinamente pela DP Sapiranga (nas férias do titular Fernando Branco) explicou que 13 pessoas foram presas em flagrante. “Temos a situação de um interno que foi sequestrado durante esta manhã, momentos antes de chegarmos no local. Esta vítima apresentava diversas lesões de maus tratos e tortura. Inclusive, foi levado daqui as pressas para que não fosse constatada a irregularidade”, esclarece Rafael. Além disso, o delegado obteve a confirmação através do depoimento de outros internos, que ocorria episódios de maus tratos.

A partir da realocação dos internos em outras clínicas, os dependentes serão avaliados por assistentes sociais, médicos e psicólogos para que possam, individualmente, receber o tratamento adequado. “A Prefeitura de Sapiranga fará o contato com as famílias para informar as situações. Em outra clínica, mas na zona rural, a cerca de dois a três meses atrás, constatamos irregularidades como indivíduos trancafiados em ambientes com grades. Além disso, confirmamos que internos não podiam sair da clínica se as famílias não quitassem dívidas com o estabelecimento”, citou Carlos Medeiros, da DP de Sapiranga.