CASO JÚLIO: Suspeitos de envolvimento na morte de jovem estão presos em Charqueadas

Sapiranga/Charqueadas – Dois homens com suspeita de envolvimento no assassinato do jovem sapiranguense Júlio César da Silva, 28 anos, continuam presos preventivamente. Conforme apurado pela reportagem do Jornal Repercussão, ambos estão detidos na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas. Por serem prisões temporárias e para não atrapalhar as investigações, o Jornal Repercussão não tem autorização para divulgar nomes.

Os outros dois homens que também foram presos pela Polícia Civil de Sapiranga entre a sexta-feira (9) e o sábado (10) já estão soltos, pois de acordo com o delegado de Sapiranga, Fernando Pires Branco, não têm envolvimento na morte do jovem.

O delegado Branco, aliás, possui a certeza que os dois homens que continuam presos têm envolvimento com o sequestro e a morte de Júlio. “Os dois são parceiros e amigos. As provas que temos de extorsão não deixam dúvidas. Os envolvidos, é claro, negam. Argumentaram que só estavam querendo ajudar o pai da vítima à chegar até os sequestradores. Mas não existe fundamento para querer ajudar da forma que estavam agindo. As causas para a execução ainda não sabemos. A investigação é complexa e seguimos coletando provas. Estamos dando continuidade ao inquérito e dando passos que vão provar o envolvimento destes dois presos na morte do Julio. A pena para este tipo de crime pode ser de seis a 30 anos de prisão”, revelada o delegado.

Sequestro de Júlio

Júlio César da Silva foi levado do escritório em que trabalhava na tarde de 21 de novembro. O corpo dele foi encontrado no dia 27 de novembro por um morador no Loteamento Altos da Floresta, em Estância Velha, perto de um matagal. O forte odor chamou a atenção de um homem, que encontrou o corpo já em avançado estado de decomposição. A suspeita é de que ele foi morto em outro local e deixado no município estanciense.

Polícia não acredita em cativeiro

As evidências coletadas pela Polícia Civil indicam que Júlio pode ter sido assassinado no mesmo dia do sequestro – ou seja, no dia 21 de novembro. “Acredito que o Júlio não tenha sido mantido em cativeiro. Mesmo com o Júlio morto, os indivíduos mantiveram contatos telefônicos para tentar extorquir familiares da vítima. Foi a partir deste momento que um empresário de Sapiranga procurou o pai do Júlio, com a desculpa de ajudar”, cita Branco.

 

Leia mais detalhes do caso na edição impressa do Jornal Repercussão da última quinta-feira (15/12).