Campo-bonense vira alvo de investigação do roubo milionário de celulares em Porto Alegre

Campo Bom – O roubo de nove mil smartphones avaliados em R$ 2 milhões e que ocorreu em fevereiro de 2019, teve um desdobramento há cerca de duas semanas no município. O delegado que está à frente do caso, Alexandre Luiz Fleck, explicou que existia uma suspeita de que um morador de Campo Bom, estaria envolvido com a receptação de parte dos aparelhos roubados.

A investigação é liderada pela delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). No fim de abril, a Polícia Civil efetuou uma grande operação chamada Cavalo de Troia, para capturar e prender delinquentes envolvidos neste crime, que teve como alvo um depósito da empresa aérea LATAM, e que fica junto ao terminal de cargas do Aeroporto Salgado Filho.

Foram cumpridos, na oportunidade, 14 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária, incluindo o mandado de busca e apreensão em Campo Bom.

Ação resulta em prisões de envolvidos

Na ação seis pessoas foram presas, sendo três delas em flagrante e três por prisão preventiva. Foram apreendias armas, simulacros de armas, inclusive de fuzil, celulares provenientes de roubo tanto do depósito do aeroporto quanto de lojas, dinheiro, relógios e radiocomunicadores.

Desbloqueio de aparelhos era especialidade do alvo

Já no dia 26 de abril, uma quadrilha de pelo menos seis marginais com toucas ninja e armados com fuzis, renderam funcionários da LATAM e roubaram nove mil celulares. Tempo depois, 300 aparelhos foram recuperados, em Porto Alegre. O delegado, Alexandre Luiz Fleck, explicou que a suspeita de que o campo-bonense estaria receptando os aparelhos roubados no crime junto ao Aeroporto Salgado Filho não se confirmou durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na sua residência. “A investigação nele não foi no sentido de que ele participou. A suspeita que recaía sobre ele é de que ele fazia o desbloqueio do IMEI, ou seja, viabilizava o desbloqueio dos aparelhos, se eventualmente, um celular fosse roubado.Ainda apuramos indícios de que alguma coisa de distribuição também era com ele. Mas, não que ele fosse um receptador. Esse morador virou alvo, pois ele fazia esse tipo de serviço” ,revelou o delegado.

Porém, no cumprimento do mandado, a suspeita não se confirmou. “Não encontramos nenhuma prova contundente nesse sentido e também ele não chegou a ser preso. Com isso, concluímos que o aspecto deste suspeito era bem periférico”,sentenciou o delegado. As investigações continuam.

Fotos: Polícia Civil