Biodigestor instalado no CME Ayrton Senna gera economia e sustentabilidade

A parceria na Administração Pública para gerar bons resultados é fundamental para melhorar a vida das comunidades. Um exemplo disso ocorre em Sapiranga na unidade de ensino fundamental do Centro Municipal de Educação (CME) Ayrton Senna, no bairro Voo Livre. Uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente e Preservação Ecológica (Semape), em parceria com a Secretaria de Educação (Smed), está permitindo que alunos vivam, na prática, noções de sustentabilidade e economia de recursos.

Um equipamento biodigestor foi instalado no pátio da escola e está produzindo gás metano, que está sendo utilizado na cozinha da escola. Abastecido com resíduos orgânicos oriundos da própria cozinha da escola, o equipamento também gera um biofertilizante rico em nutrientes, que é utilizado para a adubação de plantas. O processo do biofertilizante é gerado de maneira anaeróbia por bactérias.

O equipamento, que foi adquirido com recursos do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Saneamento em um investimento de R$ 9,9 mil, ainda está em período de testes no CME Ayrton Senna.
Um encanamento especial foi instalado do pátio até a cozinha para que o gás metano gerado chegue até o fogão que foi especialmente instalado para os testes do biodigestor.

Resíduos diários

Para que o biodigestor tenha uma eficácia mais garantida, permitindo a geração do gás metano de forma contínua e diária, o equipamento é abastecido com os resíduos orgânicos diariamente.

Um grupo de alunos do sétimo ano da escola é responsável por buscar os resíduos na cozinha e inserir no biodigestor para que o processo de geração do gás metano e do biofertilizante possa ser consumado no equipamento. Inicialmente, quatro alunas se revezam na execução do projeto.

Queima de três horas diárias de gás

O biólogo da Semape, Cláudio de Ávila, acompanha a execução do projeto no CME Ayrton Senna. Mesmo em período de testes, onde os dados de economia e geração do gás e do biofertilizante estão sendo analisados, a projeção é que o modelo de biodigestor instalado na escola pode ter eficácia também em residências. “Para uma família pequena, que utiliza uma queima diária de três horas de gás, por exemplo, esse modelo de equipamento atenderia a necessidade dessa família”, explica Cláudio.

A ideia da Semape é que, em caso de aprovação e eficácia do biodigestor, mais equipamentos possam ser instalados em outras escolas. “Os testes iniciaram aqui até por um pedido da prefeita Carina Nath e depois pode ser ampliado”, acrescenta o profissional da Semape.

Opinião do projeto

Isabela Telles de Lima, aluna da turma 711 do CME Ayrton Senna. – “É muito bom participar do projeto. Eu nunca pensei em fazer algo assim e agora poder ajudar a escola. É importante a gente saber como funciona, saber tudo o que está acontecendo”.

 

Cláudio de Ávila, biólogo da Semape – “A função do biodigestor tem dois viés: a economia, afinal deixa de se comprar o gás que é utilizado, e também a ambiental, que é a utilização dos resíduos orgânicos, que deixam de ser colocados no lixo e são reutilizados para a produção do gás”,