Brasil – Empresários e comerciantes da região estão insatisfeitos. O motivo? O veto à desoneração da folha, realizado pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, no último dia 23. Com a medida, os empregadores voltam a ter a necessidade de pagar a contribuição previdenciária patronal (CPP), de 20% sobre a folha de salários.
Em 2011, o CPP foi substituído pelo próprio Governo Federal, então conduzido pela ex-presidente Dilma Rouseff, com o Plano Brasil Maior. O cenário indicava aos patrões uma nova alíquota, a CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta). Com ela, os 20% sobre a folha de salários que eram tributados, foram substituídos por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
Este planejamento teria como uma de suas possibilidades a contratação de mais funcionários para cada empresa, visto que os custos com tributação seriam menores e, por consequência, a possibilidade de investimento aumentaria. Na visão do atual Governo do País, isso não está ocorrendo.
Veto, repercussão e as próximas medidas a serem discutidas
A decisão do Presidente Lula de vetar a desoneração foi publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (23), embasada pelos R$ 9,4 bilhões anuais “perdoados” no cenário que perdurou de 2011 até o mês de novembro deste ano. Entretanto, há a possibilidade de reversão deste quadro.
Isso porque o veto presidenciável pode ser derrubado pelo Congresso. Esta, inclusive é a tendência de momento, visto que em agosto deste ano, o conglomerado político se mostrou favorável à manutenção da desoneração da folha. No Projeto de Lei 334/2023, do senador Efraim Filho (União Brasil-PB), estava prevista a prorrogação da desoneração até 2027. Na ocasião, o PL teve 430 votos a favor e 17 contra, sem qualquer oposição do Senado.
Entidades de classe avaliam como negativa a decisão Federal
Parlamentares do Estado repercutem