Sapiranga – Claudete Rosane da Silva, 47 anos, moradora do bairro São Jacó, adotou uma atitude extrema na manhã de hoje (28). Desde às 7 horas da manhã a sapateira está acorrentada junto a um poste em frente do Fórum de Sapiranga, no bairro Centenário. Sem receber o seu auxílio-doença desde julho de 2013, a sapiranguense sobrevive com a ajuda do esposo, que também é trabalhador do setor calçadista. “Tenho a síndrome do túnel do carpo, passei por quatro cirurgias e ainda preciso fazer uma nova cirurgia”, revelou a mulher que busca a sua aposentadoria por invalidez.
O protesto de Claudete é direcionado a lentidão do sistema judiciário no julgamento do seu caso. Por se tratar do pagamento de um benefício previdenciário, que envolve o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o caso necessita de julgamento da Justiça Federal, em Novo Hamburgo. “Quero uma decisão rápida. Todos os dias, preciso tomar três medicamentos diferentes, e sem este benefício, não tenho dinheiro nem para a comida”, revela. O caso é julgado pelo Juizado Especial Cível de Novo Hamburgo.
Com apenas uma garrafa de água presa a sua cintura e um óculos de sol, Claudete Rosane da Silva permanecia acorrentada em frente ao Fórum até o início da tarde desta segunda-feira (28). “Se eu for embora hoje, amanhã voltarei até que alguém me auxilie”, disse.
Este é um caso que envolve conflito de competência e conforme o juiz da 3ª Vara Cível de Sapiranga, Jorge Alberto Silveira Borges, o processo, agora, foi remetido para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não há prazo para o seu julgamento.