Grupos Reflexivos de Gênero atuam na conscientização em Sapiranga

Sapiranga – A efetiva atuação dos órgãos públicos no combate à violência contra a mulher é fundamental para garantir a proteção dos direitos e a segurança de todas as mulheres, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.

Além da atuação dos órgãos públicos, a conscientização e a prevenção são pilares essenciais no combate à violência contra a mulher. Educar a sociedade sobre os direitos das mulheres, promover a igualdade de gênero e incentivar o respeito mútuo são medidas fundamentais para criar uma cultura de não violência e garantir um futuro mais seguro e igualitário para todas.

Para garantir o cumprimento das leis que asseguram os direitos das mulheres, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) Alzira Valesca Lampert Fett, em Sapiranga, atua na conscientização e prevenção, através dos Grupos Reflexivos de Gênero.

O grupo masculino visa combater a violência contra a mulher e reúne, a cada 15 dias, no Fórum de Sapiranga, homens que tenham medida protetiva expedida através do Tribunal de Justiça (TJ-RS). Além disso, os encontros promovem reeducação comportamental, direcionamento e atendimentos intrafamiliares.

As mulheres que participam do Grupo Reflexivo se encontram mensalmente no Cram, para discutir sobre maneiras de prevenção à violência. Além disso, o grupo funciona como uma rede de apoio àquelas que sofreram qualquer tipo de agressão e tenham conseguido medida protetiva contra o agressor.

Debates sobre o tema

Desde o início do programa em Sapiranga, em 2022, o Grupo Reflexivo contava com cerca de 40 a 50 homens. Em 2024, o primeiro encontro contou com 56 participantes.

Nas reuniões, os grupos participam de palestras e conversas com profissionais da psicologia, assistência social e advogados.

Grupos Reflexivos de Gênero

Os Grupos Reflexivos de Gênero são uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) que visa abordar questões relacionadas à violência doméstica e de gênero. Eles são compostos por homens que estão sujeitos a medidas protetivas, geralmente solicitadas por ex-companheiras, como parte de processos judiciais envolvendo violência doméstica.

O projeto começa com a intimação dos homens a participarem de seis encontros do grupo. A participação nesses encontros pode ser uma condição estabelecida pela decisão judicial que impõe a medida protetiva. Portanto, a ausência desses encontros pode resultar no descumprimento da medida protetiva e possíveis consequências legais.

Esses grupos visam promover a reflexão e conscientização dos participantes sobre questões relacionadas à violência de gênero, suas causas e consequências.

Por Mairan Pacheco