Campo Bom – Depois dos
gestores do Hospital Sapiranga, agora foi a vez dos administradores do Hospital
Dr. Lauro Reus, de Campo Bom, exporem as dificuldades financeiras em razão do não
pagamento de repasses estaduais para os hospitais filantrópicos – caso do Lauro
Reus e do Hospital Sapiranga.
O diretor-técnico do Lauro Reus, Zoé
Dalmora e o diretor-administrativo, Flavio Stona, explicaram que o déficit do
estado com o Hospital é de R$ 1.278.500,33. “São R$ 718.016,43 referente aos
recursos do Samu e Casa da Gestante e outros R$ 560.483,90 referente aos
recursos pelos atendimentos de média complexidade no Hospital”, esclarece.
Com a falta mensal de R$ 110 mil a direção
não viu outra saída. Haverá redução nos atendimentos eletivos através do
Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos uma média de 350 internações mês e 150
procedimentos cirúrgicos. A média dos procedimentos cresceu no comparativo com
2014 em 25%. Não há cálculo que resolva”, pontua.
Para amenizar a falta dos recursos
estaduais, projetos de melhorias ficarão em segundo plano. “Não posso tirar o
antibiótico do paciente, deixar de fazer cirurgias ou de comprar material.
Vamos tirar de onde podemos”, citou. Emergências e partos não serão afetados. “Diminuiremos
os atendimentos eletivos como cirurgias ortopédicas, de otorrinolaringologia,
proctologia, de varizes, de hérnia e cirurgias gerais eletivas. Com isso, economizaremos
de R$ 2 a R$ 3 mil por procedimento”, diz. Em razão desta mudança, os pacientes
acabarão sendo encaixados na Central de Marcações do governo estadual, o que
pode aumentar o tempo de espera para a realização dos procedimentos listados
acima.
Serviços de raio-x, análises
clínicas entre outros procedimentos não sofrerão prejuízos. A parte de pronto atendimento
também não será afetada. O laboratório de análises clínicas, que encaminha mais
de 20 mil procedimentos ao mês, é custeado pelo município e o atendimento está
garantido.