Meio ambiente | Estação construída há seis anos para tratar esgoto de Sapiranga sofre depredações
Sapiranga – Uma obra para tratar o esgoto gerado no município segue inutilizada no bairro São Luiz. Seis anos após a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – órgão do governo federal – destinar R$ 12,8 milhões para a Prefeitura construir a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), centenas de metros de redes coletoras de esgoto e duas estações de bombeamento, o espaço sequer possui prazo para entrar em funcionamento.
Situada em uma área pública de 50 hectares, a obra teve início no governo do ex-prefeito, Nelson Spolaor (PT). Diferentes empreiteiras ficaram responsáveis por executarem partes da obra. A Sanevix, do Estado do Espírito Santo, ficou responsável pela construção da ETE. A Pavicon, de Novo Hamburgo, as redes coletoras de esgoto e a Empresa Dobil, de Porto Alegre, as estações de bombeamento de esgoto.
Atualmente, com 90% da obra concluída, o local foi depredado em ações de vândalos, registrando até mesmo incêndios em algumas partes. Para colocar a ETE em operação, a Prefeitura elaborou relatórios que servirão para retomar as obras no local. Estes documentos servirão ao município para posterior prestação de contas junto aos órgãos de fiscalização.
Levantamento aponta o que falta fazer
– Levantamento da Prefeitura de Sapiranga mostra que, para a ETE ser utilizada, é necessário readequar o projeto original e recuperar a instalação elétrica de equipamentos que acabaram depredados por vândalos ao longo dos últimos anos.
– Outra necessidade apontada pela Prefeitura é a ligação dos lotes até a caixa coletora de esgoto instaladas nas calçadas. Não há data ou prazo para esta ação ocorrer.
– Conforme a Prefeitura, o projeto inicial previa duas estações elevatórias, no entanto, a obra contratada acabou contemplando apenas uma (a maior, no caso). Esta estação foi construída, faltando agora a instalação dos equipamentos, como bombas. A estação elevatória fica próxima ao Loteamento Vitória, na RS-239.
– A Prefeitura informa ainda que há pendências financeiras pela execução da obra. O valor ficaria em torno de R$ 1,5 milhão e está sendo cobrado da Fundação Nacional de Saúde (Funasa)..
Estações foram alvo de matérias
Recententemente, duas redes de televisão veicularam reportagens apontando que estações para o tratamento de esgoto em municípios do Brasil ainda não tinham entrado em funcionamento, em razão de inconformidades em contratos e em projetos. A ETE de Sapiranga no bairro São Luiz foi citada há poucas semanas em uma destas reportagens. E conforme mostra a reportagem do Jornal Repercussão, não há perspectiva de quando entrará em funcionamento.