Escolas estaduais atuam com falta de profissionais na região

Região – Eles têm participação essencial para o funcionamento das escolas. Através das merendeiras e serviços gerais, todos os alunos recebem refeição no prato e estudam em uma instituição limpa e organizada.

Assim como a importância deles, há também uma grande dificuldade em ampliar os quadros destes profissionais nas escolas da rede estadual. As equipes de merendeiras e serviços gerais redobram esforços para dar conta das atividades rotineiras, isso porque tem poucos profissionais e, em muitas escolas, há falta deles.

No Instituto Estadual Professora Nena – CIEP, de Sapiranga, a diretora Margith Schwingel conta que nas duas profissões há um esforço enorme para suprir as necessidades para atender os mais de 1.100 estudantes nos três turnos. “Nosso quadro de merendeiras até que está razoável considerando as situações de outras escolas. Tenho uma super equipe de merendeiras, fazem o seu melhor todos os dias, apesar de todas as dificuldades. A escola disponibiliza quatro merendeiras, mas o ideal seriam cinco, considerando o número de alunos”, disse ela. Para que ocorra tudo dentro da normalidade na hora da merenda, o grupo conta com apoio dos serviços gerais. Eles ajudam a servir os estudantes.

“Aprendemos a nos virar para dar conta”, disse diretora de Campo Bom

A diretora Fabiana de Andrade Oliveira, da Escola Técnica 31 de Janeiro, de Campo Bom, conta que a instituição atende cerca de 900 estudantes. Para dar conta da demanda, por exemplo, as merendeiras que atuam de dia, antes de irem embora, deixam os alimentos já picados para quem vai produzir a refeição no turno da noite. “É necessário que todos se ajudem. Aprendemos a nos virar para dar conta de toda a demanda. Quanto à limpeza, vamos priorizando a manutenção das salas de aula”, explicou ela.

COLEGAS AJUDAM NO SERVIÇO

No Instituto Estadual de Educação Olivia Lahm Hirt, em Igrejinha, são atendidos cerca de 730 alunos entre 14 e 18 anos, divididos nos turnos manhã, tarde e noite. São três profissionais para as demandas e eles contam com apoio de colegas de outras profissões, como conta a vice-diretora Fabiane Padilha. “Realmente, temos a dificuldade com o quadro de profissionais para a merenda e serviços gerais. Mas o funcionamento da escola precisa acontecer, independente de qualquer coisa e, para isso, há colegas ajudando a abrir portão, secar louça, no que precisar. Na limpeza, priorizamos salas de aula e banheiros”.

Redução ao longo dos anos

A merendeira Roseli da Cruz, do Instituto Estadual Professora Nena – CIEP, há muitos anos atua na mesma escola. Ela lembra que entre os anos de 2003 e 2007, eram sete merendeiras dedicadas ao preparo das refeições. Na época, a quantidade de alunos também era maior, passando dos dois mil estudantes. “Amo meu trabalho e sempre procurei fazer ele da melhor forma. A gente se ajuda e sem perder o bom humor, é claro”, disse ela.

O Grupo Repercussão tentou contato com a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), de São Leopoldo, que atende as cidades dos vales do Sinos e Paranhana, na área de circulação do jornal, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. As tentativas ocorreram por telefone e e-mail da coordenação.