Chula marcou o sábado de celebrações tradicionalistas em Campo Bom

Campo Bom – É com o tradicionalismo à flor da pele que o Estado vem vivendo os últimos dias. No Vale do Sinos, Campo Bom também dá amostra dessa paixão pela cultura local e, durante o sábado (16), foi a vez da chula.

 

Popular entre os CTGs que se espalham por todas as regiões do Rio Grande do Sul, a dança se tornou símbolo de nossas raízes. A apresentação, em formato de disputa entre os chuleadores, reúne os passos tradicionais, com a força do sapateio, e a expressão cultural, com movimentos corporais e expressões feitas pelos participantes.

À tarde, quem concorria no tablado do Parque do Trabalhador, eram os tradicionalistas das categorias veterano e adulto. Nos mais experientes, Rafael dos Santos, do CTG Porteira da Tradição, de Eldorado do Sul, era o único da categoria e, portanto, teve o primeiro lugar garantido.

Já no nível adulto, as apresentações ficaram por conta de Clóvis Soares Filho e Marcelo Garcia, do CTG M’Bororé, de Campo Bom, e Jean Marques, do CTG Gildo de Freitas, de Porto Alegre. Com sete entradas repletas de muita entrega e dedicação dos chuleadores, os presentes tiveram um verdadeiro show de cultura gaúcha.

Preparação para competição

Em Campo Bom, o nível de apresentação dos gaúchos foi motivo de muitos aplausos e grande admiração de populares e também da comissão avaliadora. Não à toa, todos os três nomes que competiram na categoria adulta estarão chuleando em um evento considerado o maior festival de arte amadora da América Latina.

O Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enarte), que acontece nos dias 24, 25 e 26 de novembro, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, teve uma etapa classificatória disputada recentemente. Na oportunidade, Marcelo, Clóvis e Jean marcaram presença e superaram a etapa inter-regional, garantindo, assim, a participação na edição de 2023 do Encontro de Artes.

O que representa a dança tradicional para os chuleadores

Marcelo Garcia, CTG M’Bororé. “Em um todo, a chula em si te dá amigos de verdade. Meu círculo de amigos é todo hoje, minha família toda é envolvida com a chula. Meus alunos, tudo, temos escolinha de chula no CTG. Investimos na tradição para poder levá-la cada vez mais adiante”.

Jean Marques, CTG Gildo de Freitas. “A chula para mim é algo que não pode faltar, é uma terapia, além de ser um ‘hobby’. Só quem está nesse meio sabe o quanto a dança nos transforma e nos faz bem. Na chula e nas danças tradicionais, conseguimos levar muitos aprendizados que servem para a nossa vida toda”.

Premiação

Pré Mirim:
Nathan Schroer – CTG Terra Nativa
Henry Kohloff – CTG Querência do Azaleia
Murilo Adams – CTG M’Bororé

Mirim:
Miguel Lemos Riss – VTG M’Bororé
Gustavo Geschwandtner – CTG R. da Saudade
Felipe Amarante – CTG Os Desgarrados
Felipe Reis Trisch – CTG Terra Nativa
Tiago Ferrari Volff – CTG Gildo de Freitas
Bernando Ferreira da Silva – CTG Terra Nativa
Isaac Luis de Lisboa Pehls – CTG Camboatá

Juvenil:
Vitor Augusto Borsatto Dos Santos – CTG Última Tropeada
Kelvin Menezes – CTG Gildo de Freitas
João Antônio C. Bitarello – CTG Porteira da Tradição
Vitor Adams – CTG M’Bororé
Rafael Feliciano da Rosa – CTG Camboatá
João Vitor Colassiol – CTG Camboatá
Ricardo Gabriel Jung – CTG Querência Azaleia

Adulto:
Jean Marques – CTG Gildo de Freitas, Porto Alegre
Clóvis Soares Filho – CTG M’Bororé, Campo Bom
Marcelo Garcia – CTG M’Bororé, Campo Bom

Veterano:
Rafael T. Dos Santos – CTG Porteira da Tradição