Sapiranga – Tratar de rosas na cidade onde a flor é tratada como alcunha transmite muita responsabilidade. A missão, complexa e especial, exige grande dedicação. Para este serviço, o Centro Municipal de Estudos Ambientais (Cemeam), é quem proporciona esse resgate histórico.
Em sua área, localizada no bairro São Jacó, o Centro dispõe de um matrizeiro, onde realiza o cultivo de diferentes espécies, ou variedades, da flor-símbolo da cidade do Vale do Sinos. Para as atividades, o Cemeam recebe um apoio muito especial e repleto de conhecimento, na figura da sapiranguense Liane Klein.
Antiga secretária de Educação e ex-diretora do próprio Centro Municipal, Liane é uma apaixonada por rosas e atribui essa aficção desde a época da adolescência. “Comecei a namorar com 15 anos, namorei 12 anos meu marido, e ele sempre me dava rosas quando eu passava na casa dele”, cita, também destacando que essa proximidade das plantas independe da espécie, um sentimento que “vem de berço”.
Sobre a relação entre os momentos destinados ao cuidado da flor na própria Cidade das Rosas, Liane Klein define o momento com saudosismo. “Um resgate da história. Por que se ela é chamada de Cidade das Rosas, tem muito para se fazer. Acho que é um resgate histórico, realmente, e uma preocupação de embelezar cada vez mais a cidade e de dar jus a esse nome, porque para dar jus a esse nome, tu tens que conhecer um pouco das rosas”, menciona, finalizando que é com esta finalidade que ela atua em parceria com o Cemeam.
Diretora do Centro define a responsabilidade das ações
Atual diretora do Cemeam Fabiana Haubert também relata o sentimento do trabalho com as rosas. “O resgate desta história do nosso município é importantíssimo. Vamos vendo o quão importante é trazer a flor-símbolo do município. Poder resgatar a rosa como símbolo do nosso município e começar a ver quantas variedades diferentes existem, e que conseguimos (cuidá-las), gostamos, abraçamos a ideia. É uma responsabilidade”.
O trabalho com a planta é diário e envolve coleta de estacas em canteiros e casas da cidade, colocação das mudas em embalagens, transferência para o matrizeiro e manutenção. Na Festa das Rosas, a rosa, assim como outras plantas cultivadas no espaço, será comercializada.
Demais atividades desempenhadas no Centro Ambiental
Mas não é só com rosas que o Centro Municipal de Estudos Ambientais atua. Vinculado a Secretaria Municipal de Educação, o Centro desenvolve diversos projetos com escolas, como o “Mundo Encantado dos Alimentos” e o “Contemplando a Natureza”, que surgiram este ano.
Também compete ao espaço as atividades com a comunidade, onde cursos, oferecidos em parceria com o Senar e com o Sindicato Rural de Taquara , contemplam diferentes grupos comunitários e registram uma ótima aceitação.
Professores e agentes de saúde de Sapiranga também possuem momentos no Cemeam, nos quais são trabalhadas aspectos distintos e importantes para o interesse de cada uma das classes.