Agesan promove diagnóstico das áreas rurais para detalhar gargalos históricos

Região – A Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Agesan/RS) é responsável pela fiscalização e regulação dos serviços de água, esgoto e resíduos em mais de 60 municípios. Neste sentido, com a proposta de reduzir as discrepâncias existentes nos serviços prestados na área urbana e rural, a agência iniciou um diagnóstico para detalhar as principais lacunas dessas comunidades.

O diretor-geral da entidade, Demétrius Gonzalez, explica que o objetivo desse diagnóstico é uniformizar o abastecimento de água para a população dessas localidades fora do eixo urbano, levando uma água condizente para a população, com os padrões estabelecidos na lei. “Começamos a fazer esse diagnóstico rural em Rolante. Assim, como estamos fazendo também em Caxias do Sul. É um projeto piloto e fizemos na semana passada, 23 fiscalizações nos poços da cidade. Fomos em cada um dos poços, e vimos como é a estrutura, se atende as normas, se atende as leis de outorga. Esse diagnóstico que estamos fazendo, vai nos favorecer na construção de um prognóstico com cada um dos municípios. Assim, será possível indicar e estabelecer qual a estratégia de saneamento rural que vai ser aplicada, por exemplo, se o município vai assumir esse saneamento, abastecimento de água ou esgotamento sanitário, ou se vai ser uma sociedade hídrica”, explica o diretor.

Novas alternativas

Em algumas situações, pequenas comunidades são responsáveis pela operacionalização desses poços. “Mas, queremos ver a possibilidade da Corsan assumir esses sistemas/distritos mais urbanos e com maior número de famílias. Depois, poderemos propor com o município, alternativas de redes e como elas vão ser conectadas a poços e as casas, e posteriormente, a questão do esgotamento sanitário, limpeza de fossas sépticas, adaptação de fossas rústicas, esse é o norteador do saneamento rural”, comenta o diretor-geral Demétrius Gonzalez.

Custo recai nas cidades

Um ajuste urgente é o custo de investimentos nas áreas rurais. “As prefeituras têm bancado esses investimentos sem cobrar tarifa. É necessário organizar para cobrir os custos básicos. Nosso objetivo é entender como cada município funciona”, pontua.