A experiência de voar no Ferrabraz

Sapiranga – Há quase 50 anos, o céu de Sapiranga é um dos mais coloridos do Estado, com voos diários de parapente e asa-delta partindo do Morro Ferrabraz.

O que tornou o município a Capital do Voo Livre foram os aventureiros em busca de adrenalina e emoção nos altos céus, com uma vista privilegiada dos vales do Sinos e Paranhana.

Nos finais de semana, o movimento se intensifica; pilotos de todo o Rio Grande do Sul visitam um dos espaços mais conhecidos da região para a prática do esporte. Saltar de asa-delta ou decolar de parapente
exige muito treinamento, conhecimento e concentração.

Para que tudo isso fosse possível, Associação Gaúcha do Voo Livre (AGVL) foi uma das grandes responsáveis pela qualificação do esporte. Criada em 1978, a instituição mantém um projeto de equipe que disputa competições estaduais, nacionais e até internacionais.

A Escola Cia do Ar, de Sapiranga, ensina e prepara pilotos desde 1986. A instituição, liderada por Flávio Pinheiro, ensina todos os passos, desde a Legislação, teoria, prática, até a certificação.

Sidnei da Silva Tormes, 45 anos – Piloto há 5 meses pela AGVL

“Desde pequeno, sempre tive vontade de voar, fiz um voo duplo e adorei. O Flávio, um excelente instrutor, me passou confiança e, em 30 dias, já estava voando. A sensação de liberdade é incrível. Me formei piloto e agora estou trocando para uma vela de nível 1 para poder competir”, comenta Sidnei.
“A sensação de voar é única. Quem voa uma vez, quer voar sempre, depois do meu primeiro voo, mais membros da família se interessaram em fazer o curso. Vamos seguir em frente, melhorando e competindo. A equipe AGVL é reconhecida e estamos sempre em busca de troféus. Vamos competir e buscar mais reconhecimento”, destaca o piloto.

Sidnei Tormes e Flávio Pinheiro | Foto: Divulgação/AGVL

Luciano Horn, 45 anos – Piloto há 29 anos pela AGVL

“Comecei a voar em 94. Eu já frequentava muito a AGVL antes do voo. Meu padrinho voava, meu pai também gostava do esporte e assim várias vezes fomos fazer churrasco de domingo no clube.
No início, tudo é novidade, decolar, ganhar altura, voar mais longe, até uma simples árvore na encosta da montanha te encanta. O voo livre é um vício”, comenta. “Neste ano, completo 30 anos de esporte. Vitórias, derrotas, voos inesquecíveis, tudo na bagagem e só tenho a agradecer por ter entrado nesse esporte. Ainda continuo muito feliz e motivado em ainda melhorar. O ‘mundo’ da competição é fantástico e espero me manter nele por muito tempo”, destaca Luciano.

Luciano Horn | Foto: Divulgação/AGVL

Por Kainã Bohn