Campo Bom – Nacional e internacionalmente um dos grandes nomes do surf é o paulista Gabriel Medina, bicampeão de surf da ASP World Tour de 2014 e 2018. Mas, no Rio Grande do Sul, outro nome tem chamado a atenção no esporte e promete atrair os holofotes. Trata-se do campo-bonense Luis Felipe Becker, o “Ferpa”.
Ferpa Becker, como gosta de ser chamado, tem 17 anos, e surfa desde os 10. Desenvolveu o gosto pelo esporte por veranear sempre com a família. “Minha família sempre veraneava, desde que nasci, então meu irmão, que já surfava, foi quem me ensinou e me despertou essa paixão pelo esporte”, relembra. O atleta começou a competir tão logo aprendeu a surfar. “Faz 5 anos que sou competidor. Meu irmão me colocou nas competições logo que aprendi a surfar, então foi tudo muito rápido, e fui pegando gosto aos poucos”, disse Luis Felipe.
O surfista já conquistou diversos títulos, tendo em 2018 obtido o 1º lugar na 1ª etapa do Campeonato Gaúcho de Surf, na Taça Tools de Surf, no Circuito Surf Summer Games, o Tri Campeonato Pico Surf e prêmio de melhor Manobra no último evento, além do 1º lugar no Circuito ASIB – Imbé. Ferpa revela que o surf ocupa um espaço especial em sua vida. “O surf representa para mim uma forma de viver feliz, é uma sensação única. Até é difícil de explicar, quando estou no mar me sinto tranquilo e feliz”, confessa.
Rotina de treinos e a decisão de ficar em Imbé
O atleta natural de Campo Bom, conta que após passar suas últimas férias da escola, decidiu ficar na praia. “Estou morando em Imbé atualmente. Vim passar as férias da escola aqui, no início de dezembro (2018), e resolvi ficar”, disse Ferpa. A decisão representa um novo passo na carreira do atleta, que já acumula diversos títulos, e deseja seguir carreira profissional. “É um sonho para todo surfista seguir a carreira profissional, o que não é nada fácil. Busco sempre evoluir o máximo e espero conseguir chegar no topo”, projeta o jovem.
Os palcos do surf
O atleta revela que através do esporte, conheceu os melhores locais para surfar no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e fala de sua maior vontade, conhecer os palcos do surf mundial. “Conheci os melhores lugares para surfar do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, mas não tive condições de sair do Brasil ainda. Gostaria de competir na Califórnia e no Havaí (EUA), os dois palcos do surf de competição. Mas sem ser em competições, gostaria de surfar nas Ilhas Mentawai (Indonésia) ”, revela o atleta.
Planos para o ano de 2019
O atleta conta que tenta participar do máximo de competições possíveis para se profissionalizar, mas devido ao custo, conseguiu competir apenas no Rio Grande do Sul. “Já participei de muitos campeonatos, mas nunca competi fora do RS, pois o custo é muito alto, desde combustível até inscrições”, conta. Ele completa. “Busco participar o máximo de competições possíveis e pretendo competir fora do RS ou até fora do Brasil”, revela. “Ainda não tive condições de sair do Brasil, mas esse ano estou me preparando para uma viagem internacional. Se Deus quiser vou viajar, buscar boas ondas e novas competições”, espera.
De onde vem o apelido Ferpa
Luís Felipe Becker, ou melhor, “Ferpa”, conta sobre a origem do apelido que ganhou na infância e o acompanha até hoje. “Esse apelido meu irmão me deu por eu ser pequeno e magro, do nada, desde pequeno me chamam assim e eu aprendi a gostar”, conta o surfista.
Confira alguma fotos do atleta
Texto: Taylor Abreu
Fotos: Arquivo Pessoal