Retorno | Lateral-esquerdo voltou à Nova Hartz no dia 17. Comoção popular ocorreu em frente à sua residência
Nova Hartz – O lateral Alan Ruschel, da Chapecoense, um dos seis sobreviventes do voo da LaMia, retornou no fim de semana para o Município e, em meio à emoção por rever amigos e familiares, concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo.
Caminhando normalmente e feliz por poder fazer churrasco novamente, Ruschel projetou sua volta aos campos. Ele também se emocionou ao falar sobre os companheiros mortos e relatou uma conversa que teve com o zagueiro Neto, outro que sobreviveu à tragédia de Medellín. “Na conversa que eu tive com o Neto, ele me falou que se lembra de tudo até a queda. Era um voo tranquilo, normal, e de repente as luzes se apagaram, deu uma queda de energia e se acendeu a luz de emergência. Eu perguntei a ele se falaram alguma coisa (da cabine), ele disse que não. E ele começou a orar, a pedir a Deus que protegesse a nós todos. E a partir daí ele não se lembra mais”, contou Ruschel, que não se lembra de nenhum destes detalhes.
Ruschel revelou que sua amizade com o goleiro Jackson Follmann salvou sua vida. “Eu lembro que eu estava sentado no fundo, nas três últimas poltronas e o Follmann, que me chama de ‘rato’, ficou me chamando pra sentar com ele. E por ser ele, que eu conheço desde 2007, eu fui. Nesse momento ele estava salvando minha vida.” Os dois sobreviveram à queda e Ruschel foi quem teve menos ferimentos.
O lateral-esquerdo se emocionou ao falar sobre as vítimas do acidente. “Estou bem, graças a Deus, feliz por estar vivo. É uma mistura de sentimentos, estou feliz por estar perto de quem eu gosto, por estar andando, mas ao mesmo tempo tenho essa sensação de perda, perdi muitos amigos.”
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