Reserva no Grêmio, Grohe sonha em vestir a camisa 1

A segurança que demonstrou no ano passado, defendendo a meta gremista, sustenta a permanência de Marcelo Grohe no Grêmio. Na tarde de sexta-feira (13), Grohe recebeu gentilmente a reportagem do Jornal Repercussão no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Fardado para o treinamento, que seria realizado logo após a entrevista, relembrou o início de sua carreira na cidade natal. 
Grohe cresceu no Centro de Campo Bom e desde pequeno era apaixonado por futebol. Ensaiou as primeiras defesas aos 6 anos, com os amigos em um campinho perto de sua casa. Com 13 anos, já estava na escolinha do Grêmio. Marcelo Grohe revelou que na infância, não imaginava que um dia seria jogador profissional de futebol. A “ficha caiu” quando alcançou o time infantil. A partir disso, o goleiro traçou uma meta: tornar-se jogador profissional “Foi uma realização muito grande. É difícil de chegar e mais ainda de se manter. E eu estou conseguindo me manter”. 
A promoção à equipe profissional ocorreu em 2005, mas a estreia no Grêmio como titular foi em 2006. Em 2012, teve sua maior seqüência de jogos no time titular, contabilizando 32 partidas, com uma média de 0,93 gols sofridos por partida. Mesmo com o bom desempenho, a direção optou pela contratação de um goleiro mais experiente. A chegada de Dida, segundo Grohe, foi difícil, pois esperava ser mantido na equipe “Aconteceu. Continuei meu trabalho procurando meu espaço, respeitando a todos. Foi uma opção que eu tive que entender”. Grohe declara que tem um projeto de carreira, mas por enquanto, espera a chance de ser titular no time do Grêmio.
Jornal Repercussão – Como foi o início da sua carreira em Campo Bom?
 Grohe – Iniciei em 1998 com 11 anos numa escolinha de futebol de salão em Campo Bom, o Juventus. Com 12 anos, me convidaram para jogar no Cairú em Sapiranga. Lá (Cairú) era futebol de campo. Eu estava jogando na praia em Capão da Canoa e um olheiro do Grêmio me viu. Fui fazer o teste no Grêmio em 2000.
Jornal Repercussão – 
Como foi a sua passagem pelo Cairú?
Grohe – Eu jogava na escolinha do Juventus  em Campo Bom, mas era futebol de salão. Eu lembro que na época o Cairú era muito forte no Campo e recebi a oportunidade de jogar no clube. O Cairú disputava o Campeonato Gaúcho na categoria, com isso participei de jogos mais competitivos. Fiz muitos amigos e foi uma experiência muito boa que ajudou na minha formação. 
Jornal Repercussão – E o o seu vínculo com Campo Bom?
 Grohe – Minha mãe e a minha sogra moram em Campo Bom. Sempre vou visitá-las. Meus amigos ainda moram lá. Por isso, ainda tenho uma ligação muito grande com a cidade. 
Jornal Repercussão – Como foi a sua adaptação no Grêmio?
 Grohe – Quando cheguei ao Grêmio eu estudava de manhã em Campo Bom e de tarde vinha para Porto Alegre treinar,  isso até 2003. Quando eu vim morar em Porto Alegre, em 2004, que teve a mudança mais radical. Minha mãe e eu sentimos. Eu recém tinha perdido meu pai, na metade de 2003. Um ano depois do falecimento dele vim morar em Porto Alegre. Foi neste período que eu senti mais. A cidade é um pouco diferente, mas fui me acostumando. 
Jornal Repercussão – Porquê continua no Grêmio, mesmo não sendo aproveitado como titular?
Grohe – Ainda não aconteceu uma oportunidade concreta. Sempre existem sondagens, mas não existiu até hoje nenhuma situação clara. Estou feliz aqui, e independente do que acontecer, vou continuar trabalhando. Sempre falo que o futuro a Deus pertence. 
Jornal Repercussão – 
Jogaria principal rival do Grêmio, o Internacional?
Grohe – Em primeiro lugar, sou profissional. Mas pela relação e o carinho que eu tenho com o Grêmio e por tudo que eu passei no clube durante anos, hoje, na minha situação, seria muito difícil uma transferência para o Inter.
Jornal Repercussão – 
Quais foram os momentos mais marcantes em sua carreira?
Grohe – Foram vários momentos. O primeiro jogo que eu participei no banco de reservas. Na Segunda Divisão, em 2005, contra o Criciúma, que eu fui banco do Galatto (titular do time na época). Meu primeiro jogo como titular foi no Gauchão em 2006 (Grêmio x Santa Cruz), quando o Galatto se machucou e eu entrei no intervalo. Também posso citar a final do Gauchão em 2006. E claro, no ano passado, que eu fui o goleiro titular.