Campo Bom – A primeira experiência de Patrício Boques como técnico do 15 de Novembro de Campo Bom durou apenas 50 dias. Neste período, Patrício comandou a equipe em 5 jogos (2 pela Copa Metropolitana e 3 pela divisão de acesso), somando 4 derrotas e 1 empate. Segundo Patrício, a sequência de resultados ruins e o grupo de jogadores enxuto foram os motivos cruciais na sua decisão de pedir demissão. Quando chegou ao 15, o planejamento era disputar a divisão de acesso. Os dirigentes do clube prometeram reforços, que chegariam para compor o grupo com os jogadores dos Juniores que haviam se destacado. Porém, segundo o ex-técnico do 15, a promessa pelas contratações de jogadores com mais experiência não se concretizou.
O acúmulo de jogos nos dois campeonatos pesaram para a equipe, que sofria não só no desgaste físico, mas na carência de jogadores com mais rodagem no futebol. “A média de idade do time do 15 é de 21 anos. Nas outras equipes a média gira em torno de 28 e 30 anos”, comenta. De acordo com Patrício, a chegada de um novo técnico poderá dar um ânimo para os jogadores seguirem na disputa dos campeonatos.
ENTREVISTA:
Jornal Repercussão – Como foi a proposta do 15 quando contratou você?
Patrício Boques – A proposta do 15 quando eles entraram em contato comigo era de disputar a terceira divisão (segundona). A ideia inicial era mesclar o time de juniores com os juvenis e contratar mais 4 ou 5 jogadores, com mais rodagem no futebol, para dar suporte ao time.
Jornal Repercussão – E as contratações não aconteceram? Foram feitas cobranças por mais contratações?
Patrício Boques – Os jogadores que estavam na base não tinham nenhuma experiência no profissional. A direção havia prometido reforços com experiência. Mas, os empresários que trouxeram jogadores para reforçar a equipe, colocaram atletas no mesmo perfil que já tínhamos no 15. A média de idade do time do 15 é de apenas 21 anos, enquanto alguns times a média fica entre 28 e 30 anos. Mas os jogadores não vieram e ficou muito difícil manter o trabalho.
Jornal Repercussão – O pedido de demissão está atrelado a alguma situação?
Patrício Boques – Pedi demissão porque cheguei ao meu limite e vi que o trabalho não estava dando resultados. A oportunidade foi dada, não foi aquilo que eu esperava, mas sai para que alguém chegasse e desse um novo ânimo para os atletas. Este ano vai servir de lição para que nos próximos anos seja realizado um planejamento mais consistente. Agradeço de qualquer forma aos dirigentes, por terem apostado em mim.
Jornal Repercussão – Próximos projetos para a carreira?
Patrício Boques – Já recebi alguns contatos de empresários para saberem da minha situação. Normalmente quando nós saímos de algum clube somos acionados por alguns empresários, que objetivam nos colocar à disposição de outros times. Mas não tenho nenhuma proposta oficial.