Jiu-jitsu para alunos da APAE em Nova Hartz, em Nova Hartz

Nova Hartz – Em parceria com a APAE de Nova Hartz, a Escola Mavericks, através do seu projeto Mavericks Kids, vem ensinando jiu-jitsu aos alunos portadores de deficiência da instituição. Com aproximadamente 10 alunos, o projeto luta para manter-se ativo.

O Mavericks Kids é uma idealização do professor Leandro Gonzaga, da Escola Mavericks. Gonzaga conta ainda que além de alunos da APAE, ele atende também crianças carentes da cidade. O professor também comenta que, nos próximos dias, irá inaugurar uma nova sala, no bairro Progresso, para atender as crianças da região com idade entre cinco e 14 anos. Com o apoio dos pais dos alunos e do comércio da cidade, os alunos já disputaram diversas competições em âmbito estadual, e chegaram a conquistar títulos, inclusive.

Emocionado, o professor mais conhecido como Léo, comenta como é o trabalho com os alunos da Instituição. “Fui acreditando que iria ajudar a melhorar a qualidade de vida dos alunos, mas na verdade eu quem fui ajudado. Eles me ensinam todos os dias a superar os obstáculos e, todos os dias, me recebem com tanto amor, tanto carinho, que saio de lá sempre sorrindo. São pessoas divertidas e com o dom de amar incondicionalmente. Na APAE, eu sou aluno”.

O projeto Mavericks Kids existe há dois anos e visa incluir os alunos da APAE dentro da sociedade, através do esporte. “Já vi tanta crueldade com essas crianças, tem jovens que – meu Deus! – possuem uma história de vida inacreditável. Um dos alunos é tetracampeão estadual e frequentemente vê a mãe sendo espancada e é uma criança boa, que merece uma chance, e a vida apresentou o jiu-jitsu pra ele” salientou o professor Leandr Gonzaga.

Alunos disputam e ganham medalhas

Em outubro, no município de Campo Bom, aconteceu a VIII Etapa da Copa Prime de 2017. Com diversos inscritos, os alunos Ezequiel, Juliano, Michele, Marilene, Michel, Robison e Cleiva participaram da competição disputando pela categoria Jiu-Jitsu Mais, destinada aos portadores de deficiência.

Para a disputa da competição, o projeto contou com apoio financeiro destinado pela APAE, cedendo inclusive os quimonos aos alunos, enquanto o professor Leandro custeou o transporte do grupo.

Sobre as dificuldades de ensinar o esporte aos alunos, o professor Leandro comenta: “A maior dificuldade é ganhar a confiança de cada aluno e romper os traumas. Temos exemplos de alunos que não permitiam o contato físico, devido a algum trauma, então precisávamos encontrar um ‘gatilho’ de incentivo, e para a nossa alegria o próprio esporte nos deu a resposta”.