Esporte terapêutico; jovem de Campo Bom conquista medalhas no Ceará

Campo Bom – Uso do esporte como terapia e canalizador de energia. Assim pode ser resumido o judô para o campo-bonense Guilherme Weis da Silva, de 17 anos, que conquistou duas medalhas da modalidade em caráter nacional. Único representante gaúcho do esporte, ele foi prata nas disputas individuais e bronze no modo equipe, nos jogos que ocorreram entre os dias 23 e 28 de outubro, em Fortaleza (CE).

 

Filho da dona Nika, Guilherme foi diagnosticado com hiperatividade logo cedo. Desde os 8 anos, passou a tomar medicação controlada para regular seu dia a dia e administrar seus impulsos. Em uma tentativa de encontrar o melhor contexto para o filho, a mãe descobriu, em uma arte marcial, aquilo que anos mais tarde se tornaria uma atividade obrigatória.

“Eu, como mãe, sou muito grata ao judô. Através do judô, o Guilherme deixou de usar medicação que usava há nove anos”, descreve Nika Weis, mãe do medalhista nacional.

Guilherme é estudante do 3º ano do curso técnico de Mecatrônica do IFSul, câmpus de Novo Hamburgo. O pódio alcançado no nordeste brasileiro se deu após lutas disputadas em uma gincana nacional do instituto.

Importância do esporte para Gui

“Essas medalhas representam o resultado do esforço e da dedicação que empenhei para chegar lá e dar o meu melhor nas lutas. O esporte é essencial na minha vida. Tive que tomar medicamentos para hiperatividade durante 9 anos, mas, graças ao esporte e ao judô, hoje em dia não preciso mais deles”, avalia Guilherme Weis da Silva, sobre a relação entre o esporte e sua vida.

Rotina do judoca

Prestes a alcançar um novo nível de graduação no judô, através da faixa roxa, Guilherme chegou a ter aulas de natação na infância, mas não foi na água que ele se encontrou. Hoje, o jovem possui uma rotina completa não só dentro do tatame, e pode ser considerado um verdadeiro atleta.

Na Associação de Judô de Campo Bom (AJCB), ele treina com o sensei Danison Silva duas vezes por semana; na academia da cidade, são três dias de exercício; além disso, a professora de educação física do IFSul, Fernanda Goldani, presta apoio ao Gui; e, claro, a mãe Nika Weis e o pai Zeferino da Silva são os grandes motivadores do judoca.