Crescimento com a nova geração é a meta do Cairú

O Clube Atlético Cairú foi fundado em 4 de novembro de 1954. A história do Cairú foi construída na continuidade do Sport Clube Estrela do Sul, time da (extinta) empresa Klippel e Cia Ltda. O Estrela do Sul era um time da várzea formado por funcionários da fábrica.  
Como o Estrela já tinha uma estrutura, a ideia dos fundadores do Cairú foi convocar uma reunião entre os interessados em montar uma sociedade esportiva, no Bairro Amaral Ribeiro. Para isso, chamaram os representantes do Estrela do Sul Edmar Klippel e Ruddi Porcher para participar da sociedade. A partir daí o Estrela passou a se chamar Cairú. Porcher fez parte da primeira diretoria do clube em 1954. Foi o primeiro presidente oficial do clube em 1956 (a primeira diretoria não foi registrada) e escreveu o estatuto do clube no mesmo ano, que permanece até hoje. O clube, que foi criado com finalidade de ser uma sociedade esportiva, tinha como suas principais fontes de renda as promoções realizadas pela sociedade, colaboração dos sócios e dos moradores do Bairro Amaral Ribeiro, que auxiliavam com o que podiam. O clube manteve a estrutura do Estrela por alguns anos jogando apenas a várzea. Com o passar dos anos tornou-se um time amador. No primeiro ano do clube, os jogos eram realizados num campo emprestado por um dos sócios. O acordo previa que só no primeiro ano seria gratuito. No segundo ano, com as dificuldades para fazer o pagamento o clube comprou um terreno. A história do Cairú foi solidificada com o apoio da comunidade.
Adequação do clube
Atualmente, a principal tarefa da direção do clube, segundo o presidente Alexandre Taesler (foto) é atualizar o estatuto do clube de acordo com os parâmetros civis exigidos. Para isso, o clube trabalha na reformulação do estatuto. A diretoria fechou neste ano um acordo com a Prefeitura Municipal, na qual, serão destinados ao clube o valor de R$10 mil reais que serão repassados parceladamente. Atualmente, o clube não conta com sócios contribuintes, somente na categoria de sócios remidos que não pagam uma taxa de mensalidade.  A principal renda do clube ainda é pelas promoções.
Surge o Estádio Amaral Ribeiro
A construção do Estádio Amaral Ribeiro teve a participação do primeiro Prefeito de Sapiranga Edwin Kuwer. Kuwer auxiliou na terraplanagem do local. Depois de modelado o gramado, foi construído o primeiro vestiário em alvenaria. O primeiro cercado foi feito de madeira. O plantio do gramado foi um verdadeiro trabalho em equipe. As mudas de gramas foram plantadas pelos sócios (muda por muda). Segundo Porcher, o plantio da grama se estendeu por semanas. O cercado de moerão foi colocado quando o clube passou a disputar os campeonatos amadores.
Modelo de gestão e novos objetivos:
O clube trabalha atualmente com um projeto sócio-educativo que atinge garotos na faixa de 6 a 15 anos. Cerca de 200 meninos treinam em turno oposto às aulas. O clube disputa atualmente duas competições à nível estadual: o Campeonato Gaúcho da NOLIGAFI – Nova Liga Gaúcha de Futebol Infantil com 4 categorias, sub-14, sub-12, sub-11 e sub-10 e a LIFUGA – Liga Intermunicipal de Futebol de Garotos com 5 categorias, sub-15, sub-14, sub-13, sub-12 e sub-11. Dois professores coordenam o projeto que é totalmente gratuito.
Um pouco da história
[Os principais adversários da época foram o 15 de Novembro de Campo Bom, o Esporte clube Oriente, Sapiranga Futebol Clube, e o Grêmio Esportivo Brasil (Associação);
[A locomoção para jogos fora de casa dependia de carros que eram disponibilizados pelos sócios  para levar os jogadores. Quando o jogo era mais longe utilizavam caminhões que transportavam também alguns torcedores;
Ruddi Porcher foi o único presidente eleito por votação no ano de 1963. Os presidentes eram eleitos por indicação;
O clube chegou a somar 200 sócios;
Para arrecadar fundos, o clube promovia o tradicional Baile da Madrinha realizado anualmente;
O clube tinha como principal característica manter uma identidade familiar;
As cores do Cairú (azul e branco) e o distintivo permanecem desde a fundação.