Quando o assunto é futebol, Campo Bom tem como destaque o Clube 15 de Novembro e seus anos gloriosos nos gramados regionais, estaduais e nacionais. Vários destaques da cidade passaram pelo clube e alçaram voos maiores. E nessa história de, a partir de atuações pelo 15, para se destacar a nível nacional está Paulo Saenger. Por esse nome, muitos não sabem de quem se trata, mas quando se fala no apelido, aí vira referência: Bilu.
O hoje empresário atuou por vários anos como goleiro do Tricolor Campo-Bonense, mas o início dessa trajetória debaixo das traves foi por acaso. “Eu trabalhava no Schmidt Irmãos e era louco pelo esporte. No primeiro pagamento, vim pedir para o treinador do Santos (clube da várzea da cidade) uma vaga no time de futebol e comecei como ponta direita. No 15, eu jogava punhobol. Um dia um goleiro estava machucado e eu fui para o gol e essa história começou” relembra Bilu. “Acho que a experiência com o punhobol me ajudou muito para ter um bom desempenho como goleiro”, cita ao revelar sobre sua carreira como goleiro que começou de forma inusitada, inclusive com defesa de pênalti na primeira partida. “Fiquei parado no meio do gol e a bola bateu em mim”, brinca.
Passagem na Seleção Master e saudades do profissional
Um dos grandes destaques na carreira de Bilu é uma passagem pela Seleção Brasileira de Masters. A convocação ocorreu após grande atuação contra a própria seleção em amistosos no Sady Schmidt. Sobre essa passagem pela seleção, Bilu lembra com carinho de um episódio de reconhecimento de um torcedor de fora do estado. “Em Uberaba, eu estava dentro do ônibus e um pai me reconheceu e disse pro filho ‘pede um autógrafo para o Bilu, o goleiro lá do sul’. Aquilo me marcou demais, afinal eu sempre fui amador e os outros companheiros eram famosos e foram profissionais”, relembra.
Outra saudade de Bilu são as quartas-feiras à noite e os domingos à tarde de jogos no Sady Schmidt da equipe profissional. “Desde que encerrou as atividades do futebol profissional, eu tenho essa saudade. Queria muito que pudesse ver as atividades do futebol profissional novamente”, relata Bilu, dizendo que seria um dos primeiros a estar na bilheteria comprando ingresso aos jogos do time profissional caso voltassem as atividades.