Vice-presidente Hamilton Mourão avalia indulto concedido por Bolsonaro a deputado

Vice-presidente Hamilton Mourão

Sapiranga – Na sua passagem pelo município na sexta-feira (22), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi a grande estrela do café da manhã organizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz (Acisa).

 

O presidente da entidade, Luiz Paulo Grings, destacou que a atividade foi um grande sucesso. “Neste novo momento a Acisa, conjuntamente com seus parceiros, ousou e trouxe pela primeira vez um vice-presidente da República para Sapiranga. Essa ação ampliou os limites da nossa entidade e mostrou a nossa ousadia. Demonstramos coragem para ampliar os nossos horizontes”, analisa Grings, que vislumbra outras atividades de impacto ainda este ano.
No eixo de Sapiranga e do Vale do Paranhana, o Grupo Repercussão foi o único veículo de imprensa credenciado a entrevistar o vice-presidente Mourão. Na entrevista, o general da reserva do Exército Brasileiro falou sobre sua candidatura ao Senado Federal e como seria um eventual mandato parlamentar.

Entrevista com Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil

Grupo Repercussão – Existia a possibilidade de concorrer ao Senado pelo Rio de Janeiro. O que pesou?
Hamilton Mourão – Na realidade, quando eu decidi que iria concorrer ao Senado e buscar uma vaga, eu não tive a mínima exitação em escolher o meu estado natal, o meu Rio Grande do Sul. Tenho uma ligação com o Rio de Janeiro, passei parte da minha vida lá, parte da minha adolescência e a vida adulta, mas grande parte dos meus laços familiares e laços com a terra estão aqui no Rio Grande do Sul. Então, eu não tinha dúvidas, se eu desejo representar o povo de um estado junto ao parlamento brasileiro é o povo do Rio Grande do Sul.

Grupo Repercussão – Vencendo a eleição, quais seriam as pautas prioritárias de um futuro mandato?
Hamilton Mourão – Uma vez que o povo do Rio Grande do Sul acolha o meu nome, eu vou fazer todo o meu esforço possível e até o impossível no sentido que as pautas que são de interesse do Estado e do país avancem. Entre essas pautas estão a melhoria da infraestrutura aqui no Estado, o apoio ao nosso agronegócio, o apoio à política industrial. É claro que é necessário que tenha melhores condições de se inserir não só no mercado mundial, mas também de melhorar a sua capacidade produtiva, além de também, buscar o enxugamento do Estado e atuar pela reforma administrativa. Ou seja, serei alguém batalhando pelas grandes causas, que hoje, são os aspectos fundamentais para que o nosso país desponte, realmente, como um dos grandes do mundo e atinja o seu distino manifesto de ser a maior e mais próspera democracia liberal ao sul do Equador.

Grupo Repercussão – Como avalia a Graça Constitucional concedida pelo presidente Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira?
Hamilton Mourão – O que distingue as democracias e isso é uma característica é a prevalência do Estado de Direito, ou seja, a lei. E, o presidente da República, o qual eu cumprimento e fiz isso pessoalmente, ele usando as suas prerrogativas previstas na lei e na Constituição concedeu o indulto ao deputado federal, Daniel Silveira (PTB), Em um processo que na minha visão, foi extremamente exacerbado. Condenar alguém a uma pena tão elevada por uma mera opinião de um parlamentar emitida, apesar da falta de educação, da grosseria e da forma que ele falou aos ministros do STF, ficava nesse terreno, não era para avançar até o ponto que avançou. O presidente (Jair Bolsonaro, PL), percebendo que uma injustiça estava sendo cometida, ele usou o seu poder discriminatório e a sua capacidade de poder intervir, e isso que caracteriza os grandes líderes. Saber intervir da forma correta sem ‘paixonites’ no momento certo. E essa é a grande mensagem que deixo. Precisamos de liderança e uma liderança capaz de ter a calma e a tranquilidade, para dentro da lei, tomar as atitudes que forem necessárias para defender a liberdade do nosso povo.