Agora na Corsan, Tarcísio destaca obras na região

Região – Experiência política, capacidade de articulação e o desafio de ser o diretor-presidente no momento em que a grande ação é a de concluir projetos, iniciá-los e fazer os sistemas de tratamento de esgotos, que serão construídos em Sapiranga e Campo Bom, serem sustentáveis. Foi com esta missão que o ex-prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann (PT), assumiu a Companhia RioGrandense de Saneamento (Corsan). Somente em Campo Bom, Sapiranga e Nova Hartz são mais de R$ 183 milhões em obras.
Após dar início a uma das obras ambientais mais importantes para a recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – as obras de tratamento de esgoto em Novo Hamburgo – Zimmermann está confiante. “A Corsan tem a sua política focada nas bacias dos rios dos Sinos e Gravataí para melhorar a qualidade da água”, ressalta.
E sem titubear, Zimmermann mostra que compreendeu os propósitos e objetivos da estatal. “A Corsan tem como prioridade os investimentos na Região Metropolitana e a principal meta é chegar aos 75% de esgoto tratado no Vale do Sinos em quatro anos”, explica.
ENTREVISTA COM – TARCÍSIO ZIMMERMANN
Jornal Repercussão – Reservatório de 500 mil litros na Vila Corsan, no bairro São Luiz, mais de 10 km de novas redes de água. O que a Corsan tem investido em Sapiranga?
Tarcísio Zimmermann – Investimos R$ 4 milhões no abastecimento de água no bairro São Luiz nos últimos meses, onde fizemos uma nova adutora e redes com recursos próprios.
Jornal Repercussão –  E na área de tratamento de esgoto. O que a população pode esperar?
Tarcísio Zimmermann – Nesta área, a previsão é de investir R$ 53 milhões, para ter mais de 20 mil pessoas atendidas e 40% do esgoto tratado.
Jornal Repercussão – Em loteamentos não regularizados há falta de serviços básicos e a água encanada está nesta lista. Como a Corsan trabalha com isso?
Tarcísio Zimmermann – As empresas de saneamento possuem restrições. Por outro lado, o abastecimento de água está nos direitos fundamentais da pessoa. Nestes casos, procuramos fazer ajustes com as prefeituras (e eventualmente com o Ministério Público), para ter sustentação jurídica neste tipo de intervenção. Quando ele é irregular, é necessário examinar se conseguiremos chegar no local com pressão de água suficiente.
Jornal Repercussão – Após construir uma estação de tratamento de esgoto, quais dificuldades se apresentam para a Corsan?
Tarcísio Zimmermann – A Corsan sofre com um desajuste legislativo. Há muitos casos em que há o esforço para disponibilizar o serviço de tratamento, mas a Corsan não pode obrigar o cidadão a se interligar à rede. Isso compete ao município. Em alguns casos, nossas estações não conseguem operar por não ter uma carga mínima. Quando ocorre esse desajuste, surge o problema do mau cheiro. Por isso, é importante que o cidadão esteja interligado na rede.
Jornal Repercussão – A Corsan estuda converter alguma das estações de tratamento de esgoto projetadas para o modelo por plantas?
Tarcísio Zimmermann – Um dos grandes desafios do saneamento é a sustentabilidade. É importante buscar novas tecnologias e que consigam dar um resultado com menos custo à população. O sistema por plantas (junco) é o mais barato. A Corsan não aderiu a esta mudança, mas já vem aceitando sistemas mistos. É necessário transitar para um sistema que seja mais natureza.