Materiais reciclados decoram sede de grupo

Sapiranga – A falta de recursos fez com que a Orquestra Gaúcha de Viola Caipira retirasse da reciclagem a base para construir a sua sede no Bairro Amaral Ribeiro, em Sapiranga. O local, que antes era uma usina de reciclagem de plástico, hoje é uma casa de música.
Desde 2009, quando a orquestra foi fundada, Rogério Castañeiras Rodrigues, atual presidente do grupo, e dono de uma sucateira, junta o que julga que pode ser reaproveitado. “Cansei de ficar debruçado sobre uma lata de lixo procurando coisas”, destaca.
A casa, segundo Rogério, foi feita com 99% de sucatas. Parte dos equipamentos de som, e os próprios instrumentos são retirados do lixo. Eles apenas recebem uma manutenção ou conserto. Conforme o presidente, em aparelhagem de som foi poupado cerca de 25 mil reais.
Os participantes do grupo trazem coisas que não terão mais serventia para eles. “O pai de uma das integrantes montou um computador a partir de peças que encontramos no lixo” relata. Recebem  ainda doações de empresas e escolas que descartam alguns itens para o lixo. O grupo pretende modernizar o local. Um projeto deve ser encaminhado ao Governo Federal, para pedir os materiais retidos pelo fisco.
Violas e Violões
A Orquestra Gaúcha de Viola Caipira (OGVC) monta até a sua principal ferramenta de trabalho com o material retirado de lixos e de doações. Os violões normalmente são descartados com poucos defeitos. Assim, são reformados e disponibilizados para os integrantes do grupo.