Campo Bom e a valorização cultural trabalhada através da educação

Campo Bom – Diversidade é pauta na educação campo-bonense. Com atividades aplicadas aos professores e aos alunos, a Administração Municipal visa trabalhar todos os aspectos étnicos, culturais e muitos outros através de um projeto amplo e anual, observando a cultura afro, afro-brasileira e indígena, com diferentes vivências.

 

O mês de novembro é o que detém a data da Consciência Negra, mas não é somente durante este período que a cidade realiza ações voltadas ao segmento. Neste ano, três encontros distintos marcaram o bloco de aprendizagem proposto pela Secretaria de Educação, observando diferentes temáticas.

O primeiro, intitulado de “Descolonizando o currículo na rede municipal de Campo Bom”, contou com a participação do Coletivo Kindezi, coordenado pela professora Roselaine Domingos de Castro Diaz, que visa trabalhar a ERER (Educação para as Relações Étnico-Raciais), a Educação Antirracista e questões da Constituição Federal. No segundo encontro, denominado “Potencializando o currículo através de uma educação antirracista”, as participações e os objetivos se mantiveram os mesmos.

Prefeitura, biblioteca e mais; espaços que recebem ações em novembro

Ainda, houve espaço para uma terceira oportunidade, onde o foco foi em alguns artistas e coletivos negros de arte do RS. Com a oficina “A escola é também lugar de desejo”, a ocasião tratou do incentivo aos professores para que utilizem práticas pedagógicas a fim de evidenciar a experiência afrodescendente no Brasil através da arte.

Em diferentes cenários e contextos, a Prefeitura de Campo Bom, através da Secretaria de Educação e Cultura, planeja reforçar a temática durante o mês de novembro.

A primeira atividade já está em andamento e segue até o dia 2 de dezembro. Nela, o Espaço Cultural Dr. Liberato recebe exposições da artista Raquel Silva, com obras relativas à Consciência Negra.
Também acontece em Campo Bom a Hora do Conto, na Biblioteca Pública, com histórias que valorizam a cultura e a tradição afrodescendente. Com início no dia 20/11, a oportunidade segue até o dia 24.

E, por fim, o município organiza a exposição de trabalhos escolares sobre o tema. Expostos no hall de entrada do Centro Administrativo Municipal, a ocasião se estende entre os dias 20 e 30 de novembro.

A iniciativa do município é apoiada também pela BNCC (Base Nacional Curricular Comum). Através dela existe a obrigatoriedade de trabalhar o tema da cultura afro-brasileira de forma transversal e integradora, bem como os aspectos correspondentes à cultura afro, como crenças, músicas e danças, e à cultura indígena, com seus valores, comportamentos, religiosidade e tantos outros. Como missão, os ensinamentos buscam resgatar, valorizar e respeitar a cultura e as diferentes etnias de nosso povo em suas várias formas de expressão.

Prefeito e secretária valorizam ações nesta temática

Luciano Orsi, prefeito. “Embora tenhamos traços fortes da colonização alemã, a cultura campo-bonense se forjou da fusão de diversas etnias. Por isso, desde o início da gestão, buscamos incentivar todas as expressões culturais, como o tradicionalismo gaúcho, a cultura germânica e, através de oficinas de hip-hop no contraturno escolar, da realização do carnaval de rua, a consciência negra e a valorização da cultura afro-brasileira”.

Simone Schneider, secretária de Educação. “Na escola e na sociedade é urgente celebrar a diversidade e a
promoção da igualdade social. Em uma sala de aula, temos a variedade de gênero, cor, religião, raça, origem, comportamentos, valores, expressão da sexualidade, configurações familiares(…) um mundo diverso em cada sala de aula das escolas neste mundo”.