5ª Mostra de Móbiles da Emef Pastor conta história dos alunos em Sapiranga

Um trabalho que vai além de enfeitar a escola ou caráter avaliativo. Esta foi a proposta dos móbiles expostos na Emef Pastor Rodolfo Saenger, em Sapiranga, desde o dia 30 de maio. A avaliação artística tinha como objetivo refletir algo importante aos alunos, com base nas experiências de cada um.

 

Ao todo, mais de 100 obras foram entregues pelos alunos dos 8ºs e 9º anos da Emef, todas com um significado próprio. Inspiradas no artista americano Alexander Calder, os alunos elaboraram seus trabalhos com materiais variados, sem tema e itens definidos para construção dos móbiles.

“Em nenhum momento eu solicitei que comprassem material. Então, entram também os guardados. Como eu digo para eles (alunos), às vezes são os guardados e achados. Às vezes, esse guardado, tem alguma relação pessoal”, pontuou o arte-educador Luís Fabiano da Silveira, responsável pela criação do trabalho.

A atividade, como descreve o educador, ainda reforça a proximidade da família, com a participação de membros na construção dos trabalhos. “No processo de elaboração, eles ficam a vontade em me trazer na sala e eu dou a liberdade à construção com os familiares, que quase sempre, nesse processo, a obra se cria um outro vínculo deste trabalho”, explicou Luís. Ainda segundo o profissional da escola Pastor, “os pais ficaram super motivados e montaram o projeto junto”.

Interesse de outros alunos

Esta é a 5ª Mostra realizada na Emef. Durante a pandemia, estes trabalhos foram suspensos. Agora, por conta da readaptação dos alunos, o prazo foi estendido e a entrega do trabalho recebeu alguns dias a mais.

A exposição dos móbiles também acontece na Emef Waldemar Carlos Jaeger, sob os cuidados do mesmo professor. Lá, as atividades ocorrem do 6º ao 9º ano, e têm o mesmo intuito do trabalho executado na Pastor. “Um dos meus objetivos era o seguinte: como eu atendo dos 8ºs aos 9º s (no Pastor), todos os outros alunos, do Jardim ao 7º ano, quando passassem pelo corredor, já surgisse esse interesse de, quando chegasse no 8º e no 9º, fizesse parte da próxima mostra” disse o professor.

Durante a entrega de boletins na Emef Pastor, realizada no último sábado (4), os móbiles estiveram expostos aos pais e alunos. “A reação, ela é mágica. Sair desse lugar, da vida, de tempos difíceis que a pandemia trouxe, sair desse lugar que sufocou e ainda sufoca e ir para o imaginário, eu vejo como algo encantador”, finaliza o educador sobre a exposição.

Montagem e explicação das obras

Luís Fabiano, arte-educador. “Dentro da proposta de uma das avaliações do 1º trimestre, eu trouxe a 5ª Mostra de Móbiles da Escola Pastor. O que nós encontramos na exposição são móbiles de diversos materiais, que incluem costura, recortes, pintura”, etc.

Gabriel Vitor Grade, aluno do 8º ano. “Eu gosto de montar cubo mágico, tenho bastante em casa, aí logo pensei em fazer isso. O professor deu a proposta e eu logo fiz. Fiquei muito feliz. Foi exposto aqui na porta da escola e ficou bem legal”.

Ana Laura Pessoa, aluna do 9º ano. “Eu achei que foi um trabalho surpreendente, porque eu não sabia como fazer. Foi meio complexo, porque eu não queria algo simples, queria algo mais que representasse alguma coisa que eu gosto, e aí eu fiz sobre flores”.