Votação biométrica no segundo turno segue e Cartórios Eleitorais falam sobre falhas e dificuldades apresentadas

Região – O primeiro turno das eleições foi marcado por filas em muitas seções do país devido ao processo de biometria. Desde 2008, as digitais dos eleitores vêm sendo colhidas nos cartórios eleitorais, a fim de tornar o processo mais seguro e mais moderno.

O processo podia ser feito de três formas. O eleitor podia ter sua foto no caderno de assinatura, o que significava já ter feito a biometria, podendo votar após a liberação pela digital. Quando não houvesse a foto, era necessário carimbar a digital com tinta vermelha no caderno ao lado da assinatura, e a terceira e nova opção era quando a mensagem “foto pendente” era apresentada, o que significava que o eleitor não havia feito a biometria no cartório, mas que o TSE, através de parceria com o Instituto Geral de Perícias (IGP), órgão que detém as informações de carteiras de identidade, tinha estas digitais.

“O TRE-RS realizou uma parceria com o IGP onde quem fez a identidade nos últimos quatro anos, teve seu registro de biometria puxado para o eleitoral” explica o Chefe do Cartório Eleitoral de Campo Bom, José Afonso Beraldin da Silva, 57.

Como o número de eleitores com a biometria era maior neste ano, foram necessárias quatro tentativas com erro, para que o mesário pudesse liberar o eleitor para votar, o que gerou filas constantes. Talvez os erros tenham ocorrido por problemas nas digitas o que dificultava a leitura biométrica, por desconhecimento dos mesários, ou por outros. O fato é que no segundo turno a biometria segue, de acordo com o TRE-RS.

Quase 20 urnas apresentaram problemas na região

Assim como a demora para a identificação da digital, do que muitos eleitores reclamaram, falhas nas urnas também ocorreram. No Brasil, mais de 16 mil urnas eletrônicas precisaram ser substituídas por conta de travamentos, problemas no software ou hardware.

Em Campo Bom, foram 10 urnas substituídas por problemas físicos, as quais precisaram ser encaminhadas para manutenção, de acordo com o cartório eleitoral do município, que possui 52 mil eleitores. Já nas cidades de Araricá, Nova Hartz e Sapiranga, atendidas pela zona 131, foram sete ocorrências registradas.

“Tivemos cinco contingências de urnas em Sapiranga, por motivos de travamentos no sistema e uma troca em Nova Hartz por problemas no leitor biométrico. Não tivemos mais problemas até o final do dia. Às 17h, duas urnas não encerraram e foram recuperadas pela Junta Eleitoral”, explica Carlos Machado, chefe do cartório da zona 131 (Sapiranga).

“Quanto às dificuldades de coleta das digitais na hora da votação não existe nenhum laudo ainda sobre o que aconteceu. Se o software teve influência da importação de digitais ou não. Constato que realmente nesta eleição o sistema apresentou maior dificuldade na coleta”, finaliza Machado.