Campo Bom – A Família Strack, que mora no bairro Quatro Colônias há décadas, aposta em um modelo de irrigação conhecido, mas pouco explorado por agricultores, empresas e até mesmo o Poder Público: o armazenamento da água da chuva em cisternas.
Para comercializar mais de 150 caixas no mês de diferentes itens (de árvores frutíferas, mudas de chás, temperos, flores e plantas ornamentais) a família obtém de uma área de pouco mais de mil metros quadrados, 120 mil litros de água. “Se não chover por um mês e meio, a propriedade ainda assim terá este recurso à disposição na cisterna”, revela Deivis Strack, ex-empresário do setor calçadista e que vendeu o seu atelier para se dedicar ao Viveiro Casa Verde, junto com a esposa, irmão e pais.
Emater apoia negócios
Modelos de negócios como o da Família Strack, desenvolvidos em pequenas propriedades rurais, costumam receber apoio financeiro de bancos estatais de fomento e suporte técnico de profissionais da Emater/RS-Ascar. “As políticas públicas voltadas à agricultura familiar, como o crédito rural, alavancam a ampliação de estufas, galpões, aquisição de maquinários e veículos, como caminhões”, explica Claudinei Baldissserra, coordenador da Emater em Campo Bom.
Campo Bom é referência no cultivo de hortaliças
O coordenador da Emater no município, Claudinei Baldisserra, aponta a expressiva produção de mudas de hortaliças no município. A cidade é uma das principais do Estado no fornecimento de mudas em ambientes protegidos. “Das 280 milhões de mudas vendidas, entre 80 e 90% da produção são de hortaliças”, conta. A produção nas pequenas propriedades rurais de Campo Bom encontram mercado em praticamente todas as regiões do Estado. “Queremos quebrar o paradigma de que municípios urbanizados não podem produzir”, destaca Baldisserra.
