Uma doença inesperada e uma família que precisa de ajuda em Campo Bom

Campo Bom – Maria Araci Muller, a senhora da foto abaixo, tem 70 anos, e há quase seis luta contra uma doença degenerativa que causa esquecimento, classificada no Brasil como Disfunção Cerebral, popularmente chamada de Alzheimer.

Os sintomas foram aparecendo devagar, com pequenos esquecimentos, como onde estavam os óculos, local em que havia deixado a carteira, entre outros, até situações simples do dia a dia. Mas um dia, quando ela saiu de casa para ir até o mercado e não conseguiu retornar, sua filha Andrea Muller, 48 e o seu marido Paulo Oliveira, 54, perceberam que algo não estava certo.

Quando a levaram ao médico, a doença foi constatada e cuidados passaram a ser tomados. No início, foram feitos exames para testar a memória. Maria fazia desenhos, montava quebra-cabeças, mas a medida que o tempo passava, mesmo com remédios, o esquecimento ia se tornando mais sério, a ponto de Maria ter saído de sua casa em Portão pelas 14h, e ser localizada apenas às 21h nas proximidades de Tramandaí, pois havia caminhado demais.

Com medo que estes episódios acontecessem mais vezes e percebendo que a situação iria se agravar, Andrea decidiu procurar a Clínica Geriátrica Paraíso, em Portão. Após cuidar de sua mãe por seis anos, Andrea percebeu que Maria precisava de cuidados por 24h, e há um mês deixou sua mãe na clínica, onde a visita quatro vezes por semana.

Doença não era esperada

A família não esperava pela doença, afinal ela é comum em pessoas sedentárias, o que Maria não era, pois se exercitava, lia bastante e se alimentava bem. Após o susto da descoberta, perceberam que não possuíam uma reserva financeira de emergência, que pudessem utilizar para seguir com tratamentos específicos e seguiram cuidando de Maria da melhor maneira possível. Mas, enxergaram a rápida evolução da doença e a necessidade de cuidados profissionais.

Tomada de decisão da Família

Maria vem sendo cuidada por seu marido Altair Muller, 74, e por Andrea e Paulo desde o início, mas com o agravamento da doença, foi necessário uma decisão.

 

 

 

 

“Meu sogro queria cuidar dela, e deixamos até agora. Mas ele já esta ficando cansado, pois não consegue dormir direito cuidando dela. Ele também é idoso, é perigoso deixar os dois sozinhos, pois ambos podem ficar doentes. Minha sogra cochila e as vezes acorda à noite, ela caminhava dentro de casa no escuro e poderia cair e se machucar. Por este motivo saímos a procura de uma clínica onde ela fosse ser bem cuidada e não nos preocupar mais desta maneira”, disse Paulo.

Escolha, internação, tratamento e melhora

A clínica, localizada em Portão foi a escolha de Andrea e seu marido para Maria repousar. Após pesquisarem muitas clínicas na região, Andrea constatou que mesmo tendo preço elevado, era mais acessível do que clínicas da região, além de deixar sua mãe próxima de seu pai.

“Meu pai mora lá ainda, por isso coloquei ela lá pertinho. Aqui não conseguimos nenhuma clínica de valor mais acessível, era tudo mais caro”, comenta.

 

 

 

 

Ela conta ainda que a doença já está avançada, e que Maria não lembra nem de sua filha. “Ela já não lembra mais de mim há um ano, ela caminha um pouco agora que começou o tratamento novo. No mês passado ela não estava mais caminhando, estava usando fralda, recebia comida na boca, mas agora com esse tratamento novo que conseguimos nesta clínica, ela está estabilizando. Já consegue caminhar novamente, se alimentar”, disse.

Mas o tratamento é caro, contempla os remédios, consultas e também a estadia na clínica, que conta com equipe de três enfermeiros 24h, que medem pressão, batimento cardíaco e glicose todos os dias. Por isto Andrea e Paulo criaram uma vaquinha, para tentar manter Maria na clínica onde vem nitidamente apresentando melhora.

Também planejam fazer no dia 10 de novembro um brechó para tentar chegar próximo da meta de R$20 mil que corresponde a seis meses de tratamento.

As doações de qualquer valor podem ser feitas também através de depósito na Caixa, agência 0461, conta 00077327-0, operação 013, em nome de Paulo Oliveira.

Como ajudar a dona Maria

Vaquinha
O objetivo de R$20 mil vai custear seis meses de internação e tratamento. Até agora só R$ 3 mil foram arrecadados. Contribua clicando aqui.

Viva o bairro
O que: Brechó para arrecadação de fundos a ser realizado no Viva o Bairro
Quando: 10 de novembro
Onde: EMEF D. Pedro II, Paulista, Campo Bom
Doações: Até 08/11, às 18h
Contatos: Andrea Muller (51) 994-398-521 e Paulo Oliveira (51) 999-651-548

Texto: Taylor Abreu

Fotos: Arquivos Pessoal / Taylor Abreu