Uma beleza que encanta e transforma Sapiranga no período de floração da rosa

Julia Vitória, de cinco aninhos, se encontou com as flores e adorou ser clicada pertinho de uma das rosas Foto: Melissa Costa

Sapiranga – Com a Primavera, também chegou o período de floração da rosa, a flor-símbolo de Sapiranga. Nos últimos dias, tem chamado a atenção da comunidade e moradores da região os canteiros, principalmente da área central. As flores estão de encantar e, muitos, chegam a parar para fotografá-las. Com 65 anos de emancipação, há pouco mais de 20, a rosa tem sido a flor que identifica o município. Um dos grandes eventos, inclusive, é a Festa das Rosas. Além da cores tradicionais, como rosa e vermelho, é possível se encantar com as cores amarela e laranja.

A floração costuma ocorrer a cada 45/60 dias, segundo Gilberto Antônio Lenhart, responsável pelo cuidado delas na prefeitura. Somente não ocorre a floração no período de inverno. “Fora isso, é se encantar com cada florada delas”, recomenda Gilberto, contando que fica feliz quando recebe ou visualiza fotos feita nos canteiros sapiranguenses. “É cada imagem linda, que nos emociona. Todos podem ficar a vontade para fotografar, basta ter cuidado, a flor é de todos, está ali para transmitir alegria”, orienta ele.

Tradição dos imigrantes alemães

Os primeiros imigrantes alemães construíam suas casas em estilo enxaimel, tinham seus jardins decorados com flores, sendo a rosa, como principal. Assim, Sapiranga começou a ser conhecida por ser a cidade das rosas, cultura que não era comum na região. Em 1964, a rosa, oficialmente, se tornou flor-símbolo município.

 

20 anos de cuidados, um apaixonado pela flor

“Elas estão exuberantes este ano. É um orgulho danado passar pelas ruas e vê-las assim, coloridas, lindas e encantando a todos”. Com estas palavras, Gilberto Antônio Lenhart, 70 anos, define seu sentimento em relação aos canteiros de rosas cultivados por ele e sua equipe em Sapiranga. Já são duas décadas de trabalho junto às flores e a satisfação aumenta há cada ano que passa. “Gosto muito do meu trabalho. A cidade está linda. Pela manhã, quando as pessoas saem para trabalhar, quem não se sente melhor passando por uma avenida e vendo todas essas rosas florindo? É como se elas estivessem desejando um bom dia a todos”, disse ele, com um largo sorriso no rosto.

 

Gilberto se dedica ao plantio e manutenção dos canteiros sapiranguenses há cerca de 20 anos e lembra das transformações de todo esse período. “Foi um trabalho de dedicação e investimento que cresceu e passou conforme o tempo foi passando”.

Cuidados e rotina necessários

A flor-símbolo de Sapiranga, que enfeita os canteiros, exige uma série de cuidado e uma rotina impecável, feita por Gilberto e sua equipe de oito pessoas. “Precisamos adubar, pulverizar, fazer podas, fazer a própria manutenção das flores, retirar os galhos quando perdem a floração para vir, em seguida, a nova”, conta ele. As flores plantadas nos canteiros foram adquiridas há cerca de 18 anos. Foram comprados cerca de 40 mil mudas de São Paulo. Por ano, são feitas, em média, de 2.500 a 3.000 reposições. E as cores são desde o rosa tradicional até o vermelho apaixonante, passando por cores não tão comuns, como laranja e amarela. Não há mudas em todos os bairros, é possível, vê-las, principalmente, no Centro ou no Amaral, por exemplo. No entanto, a ideia, segundo Gilberto, é, aos poucos, ampliação o plantio.
Sobre a atenção da comunidade, Gilberto revela com orgulho que todos cuidam das flores como se fossem suas. “Raramente, alguém depreda ou corta algum galho. Sempre digo, se cada pessoa corta um galho e levar para casa, não teremos mais os canteiros de flores. Graças a um trabalho de conscientização feito nas escolas e na comunidade, não temos essa problema”, conta.