Tratamento de Covid adotado pelos municípios é isolamento e medicações

Região – Com um total de 6.212 casos confirmados de coronavírus em Sapiranga e Campo Bom (dados das secretarias de saúde até 3/11), 5.851 são considerados curados, o que representa 94,2% de todos os casos positivos. Mesmo que ainda não exista cura ou vacina para a doença, as secretarias adotam medidas para tentar inibir a aparição de sintomas nos pacientes, assim como evitar a disseminação do vírus.

 

Em Sapiranga, a administração adquiriu medicamentos destinados ao tratamento ambulatorial e hospitalar precoce da Covid-19.

 

A aquisição contempla os medicamentos ivermectina, amoxacilina, azitromicina, prednisona, loratadina, dipirona, paracetamol, metoclopramida, dexclorfeniramina, tamiflu, hidroxicloroquina, cloroquina e salbutamol para uso na urgência nas Unidades de Saúde. De acordo com a secretária Janete Hess, a prescrição dos remédios fica a cargo do médico. “A terapêutica é uma decisão entre o médico e o paciente. A SMS apenas fornece as medicações e cabe ao médico a indicação e prescrição dos medicamentos após avaliação”, esclarece. Caso seja indicado tratamento medicamentoso, alguns remédios são disponibilizados para evitar o deslocamento do paciente à Farmácia Municipal.

 

Monitoramento dos casos confirmados em Sapiranga é feito por telefone

A equipe de teleatendimento monitora casos confirmados da Covid-19 e os familiares que têm a orientação para o isolamento domiciliar. Caso haja a identificação de famílias carentes ou em necessidade devido à Covid-19, são encaminhadas caso a caso junto à Assistência Social para cadastro e auxílio através da Plataforma CoVida. Em caso de sofrimento excessivo pela perda de familiares, encaminha-se para atendimento com psicóloga especialista em luto que atende na rede. Famílias carentes também recebem ajuda funeral da Assistência Social.

Em Campo Bom

O acompanhamento em Campo Bom também ocorre por telefone. A secretária de saúde, Suzana Ambros, explica que o monitoramento começa a partir da coleta do teste RT-PCR dos pacientes com sintomas. Caso o resultado seja negativo, a pessoa é liberada. Em caso positivo, é feita a recomendação do isolamento domiciliar, além da manutenção de uma boa alimentação, higienização do ambiente com maior frequência, assim como uma boa ventilação. Além disso, é indicado ao paciente que evite o contato e utilize a máscara de proteção mesmo em casa. Os contatos mais diretos de familiares são orientados e, eventualmente, testados com testes rápidos. Em caso de sintomas, é aplicado RT-PCR na família também.

Sobre medicamentos, Suzana reforça que a decisão é do médico. “Qualquer sinal de agravamento ou dúvida no monitoramento, nós recomendamos que o paciente volte ao centro de referência para ser reavaliado pelo médico. Ele verifica se há alguma infecção secundária, por exemplo, se deve entrar com corticoide, ou não, enfim”, explica.

“Não existe uma fórmula única”, diz Suzana

Suzana reforça que há medicação disponível para a população, mas deve ser usada sempre através da receita e conduta médica. “Temos antibióticos, corticoides. Além da cloroquina, a hidroxicloroquina e a ivermectina, que nenhum desses adianta, mas a gente tem para quem quiser”, diz.

No Hospital Lauro Reus, os pacientes ficam em tratamento nos leitos ou nas UTIs Covid, dependendo do quadro. “O tratamento vai depender também da conduta médica. É feita tomografia, conforme grau de comprometimento pulmonar e quadro geral, e assim é definido tratamento, se com oxigênio, corticoide, anticoagulante, por exemplo. Não existe uma fórmula única, depende das comorbidades do paciente. Não é momento de baixar a guarda. Ainda é momento que inspira cuidados. Pessoas devem se conter na aglomeração, ainda não estamos isentos de riscos”.