Tempo de espera em perícias médicas no INSS é de 11 dias

Região – Conforme a Associação Gaúcha dos Médicos Peritos, hoje o prazo para um trabalhador ter a sua perícia médica agendada chega a dois meses. Porém, esta informação é desmentida pela responsável do gabinete da gerência executiva da Previdência Social de Novo Hamburgo (responsável pelas agências de Campo Bom e Sapiranga), Neusa Maria Tarouco Correa.
Em conteúdo repassado exclusivamente ao Jornal Repercussão, ela divulga estatísticas de que o tempo médio de espera é de 11 dias. “Nosso levantamento mostra que em Campo Bom o tempo médio é de 12 dias e em Sapiranga de dez dias”, explica.
Entretanto, um dos problemas que atinge a agência de Campo Bom é a falta de servidores.
Peritos têm reivindicações
Os médicos peritos cobram a criação da jornada de 20 horas, prometida em novembro de 2012 pelo Ministério da Previdência Social, e a contratação de mais profissionais. Eles cobram o piso de R$ 10.472,00, estipulado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), para atuarem 20 horas por semana. Atualmente, recebem, em média, de R$ 6 mil a R$ 7 mil, entre salário e gratificações, para uma jornada de 40 horas. A categoria acredita que a nova carga horária de trabalho possibilitaria ter um segundo emprego.
Dobro de profissionais
Dados da Associação Gaúcha dos Médicos Peritos no Estado revelam que a categoria possui pouco mais de 360 peritos. Entretanto, para reduzir o tempo de espera nos grandes centros urbanos, estimam que sejam necessários o dobro de especialistas para conseguir fazer as perícias em até 15 dias (o que na região já ocorre), para não prejudicar os trabalhadores. Há casos de pessoas em que o prazo ultrapassa 60 dias, o que gera atrasos no pagamento de benefícios. 
Situação local
Uma queda de motocicleta fez o pintor de Sapiranga, Flavio Vaz da Silva, 51 anos, morador do bairro São Jacó, procurar a agência da Previdência Social. Com a mão direita engessada, o trabalhador da construção civil encaminhou o agendamento da perícia médica. “Acabei batendo atrás de um caminhão. Meu colega disse que desmaiei e que fui atendido por uma equipe do Samu”, explica. A perícia de Flavio depende de documentos da empresa em que ele trabalha, para ser marcada.