Surto da síndrome do mão-pé-boca recebe atenção em Sapiranga

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Sapiranga – Um surto da Síndrome do mão-pé-boca (SMPB) na região têm chamado atenção de pais e educadores. A doença afeta, geralmente crianças na primeira infância e é de fácil contágio. Trata-se de uma infecção viral e a transmissão ocorre por meio de contato direto como saliva, fezes e outros secreções. Também pode ocorrer por alimentos ou objetos contaminados.

A criança infectada é mais contagiosa na primeira semana, por isso é indicado o afastamento das aulas assim que os sintomas – caracterizados por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e nos pés- são detectados. Algumas crianças podem ter febre e dor de garganta, o que também atrapalha na alimentação.
O surto é detectado quando há três casos ou mais em uma mesma instituição. “Essa é a definição de surto pela vigilância epidemiológica”, esclarece a nutricionista da Smed de Sapiranga, Amanda Jung. Apesar da palavra surto carregar um estigma, principalmente neste período de pandemia, a doença é considerada comum, “Diarreia, vômito, mão-pé-boca, nas crianças pequenas, estes virais são comuns pois eles têm muito pouco controle de contato físico, o que acaba proliferando os vírus”, esclarece Amanda.

Surto é confirmado quando são detectados três ou mais casos em uma mesma instituição

A secretária de Saúde, Janete Hess, orienta: “É fundamental manter os cuidados de higiene em casa e na escola, evitando que as crianças compartilhem objetos de uso pessoal como brinquedos, cobertores, copos e mamadeiras, evitando que o vírus se propague. Apresentando sintomas, a criança deve ser afastada do convívio escolar / mãe crecheira, seguindo as orientações médicas”. Já na detecção dos primeiros casos, no início de setembro, a Secretaria de Saúde emitiu uma nota informativa que foi encaminhada para todas as escolas do município a fim de orientar os professores e também os pais.

Como conter a proliferação?

– A primeira indicação é de qual a criança não frequente a escola enquanto tiver as lesões, já que é neste período que acontece o contágio. “Para o tratamento é indicado repouso, alimentação leve e ingestão aumentada de líquidos. Medicamentos sintomáticos como antitérmicos, anti-inflamatórios e anti-histaminicos”, orienta a pediatra da rede municipal de saúde, Fernanda Lanes. Os sintomas regridem espontaneamente entre 5 e 7 dias .
– Por se tratar de uma proliferação que acontece pelo contato físico, a única medida para evitar é o distanciamento, o que se complica no caso das crianças pequenas. “Limpeza das salas com álcool, a retirada de brinquedos de difícil higiene, e coletivos como piscina de bolinhas, todas medidas que já estávamos fazendo, em função do covid e agora procuramos intensificar” explica Amanda Jung.
– Várias cidades têm registrado os casos e, consequentemente, os surtos da SMPB. Em Riozinho e Rolante, no início de outubro, foram realizadas sanitizações em escolas infantis. Em Sapiranga, ainda em setembro, diretores e coordenadores participaram de uma reunião para alinhar as medidas de combate ao surto e também orientações sobre a detecção, incubação e transmissão do vírus.