Sindicato e grupo de professores de Campo Bom pedem suspensão de aulas com agravamento da pandemia

Campo Bom – Com as medidas impostas pela bandeira preta e a suspensão da cogestão entre Estado e municípios, o Sindicato dos Servidores Municipais e um grupo de professores da rede pública municipal entendem que é o momento de suspender as aulas presenciais. Com o agravamento da crise, o aumento do número de óbitos diários e o crescente índice de contágio entre à população (ontem, Campo Bom registrou 56 novos casos e dois óbitos), o grupo entende não haver mais condições da manutenção das escolas abertas. A Secretaria de Educação e Cultura, entende que manter as escolas abertas, é possível, pela adoção de cuidados essenciais no ingresso de cada membro da comunidade escolar nas instituições.

 

Em contato com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Silberto Meurer, foi explicado que a entidade analisa, juridicamente, a situação e não descarta ingressar com uma ação judicial, na próxima semana, pedindo a suspensão das aulas presenciais em toda a rede pública municipal. “Levamos em conta o agravamento da pandemia. Fizemos um pedido direto à Administração, mas até o presente momento, não obtivemos retorno”, comenta o representante da categoria, ressaltando que é preciso preservar a vida.

 

Como forma de protesto, em algumas escolas da rede municipal, educadoras vestiram camisetas e blusas na cor preta, em forma de luto e de protesto contra a manutenção das aulas, mesmo com o agravamento da pandemia. “A Administração está agindo de forma equivocada colocando em risco os profissionais da educação, os pais e alunos”, pondera Silberto.

 

Posicionamento da secretaria de Educação

A secretária de Educação, Simone Schneider, explica que o município seguiu a determinação do Governo do Estado, de ter retomado as aulas presenciais da Educação Infantil e das turmas de 1º e 2º anos. “No entanto, estamos seguindo com todos os protocolos e cuidados. As turmas estão com poucas crianças e também aumentamos a equipe de profissionais para apoio. Cerca de 50% dos alunos seguem em atendimento remoto. Além da decisão do Governo do Estado, também seguimos o entendimento da nossa associação regional (AMVARS), como está ocorrendo com os municípios da região”, disse a responsável da pasta.