Sindicato diz que falta álcool gel e máscaras em unidades dos Correios para servidores do Vale do Sinos e Paranhana

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Por Henrique Ternus Lamb

Região – Com defasagem de funcionários atuando em Centros de Distribuição (CDs) e nas agências, o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS (Sintect) nos vales do Sinos, Caí e Paranhana, alerta para outras inconformidades. Em recente declaração ao Grupo Repercussão, Luis Carlos Vieira, integrante do Sintect, alertou para outra dificuldade: “A única coisa que a empresa está fornecendo é álcool gel. Mas, muitas unidades estão para a proteção dos trabalhadores. O correto seria trabalhar de luva e máscara, pois o pessoal que está trabalhando, com certeza, entra em contato com, no mínimo, 50 pessoas por dia”, declarou o sindicalista.

Na última sexta-feira (20), os Correios anunciaram medidas de orientação sobre cuidados básicos de higiene para os funcionários. Além disso, de acordo com a empresa, foram intensificadas as limpezas nos ambientes e equipamentos. Os trabalhadores que apresentam sintomas ou que estiveram em viagem ao exterior nos últimos 15 dias foram afastados temporariamente. O mesmo vale para aqueles que estão no grupo de risco de contaminação.

Por causa disso, Luís Carlos Vieira revela que a maioria das unidades da região estão com número reduzido de funcionários. Em função do isolamento, poucas pessoas estão postando itens nas agências dos Correios, o que resulta em um baixo fluxo de serviço: “Estamos abertos, mas se fosse pelo sindicato, não colocaríamos os colegas em risco”, afirmou Vieira.

Os Correios também anunciaram as suspensões de alguns serviços, como marketing direto e telegrama. Da mesma forma, os pagamentos de indenizações devido a atrasos em serviços nacionais e internacionais foram interrompidos. Além disso, a estatal divulgou mudanças nos procedimentos de entregas. Temporariamente, a empresa dispensou a exigência da assinatura na entrega de objetos. A entrega e coleta de malotes está sendo realizada simultaneamente em apenas uma visita diária, para otimizar a força de trabalho disponível.

 

A assessoria de imprensa dos Correios retornou ao Grupo Repercussão informando que “estamos seguindo a determinação do Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, que define os serviços postais como essenciais. A empresa está atenta à proteção de empregados e clientes, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados desde a semana passada”.