Sindicalista dos Correios explica as medidas que ocasionam nova greve

Sapiranga – Após reunião da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), ocorrida na terça-feira, dia 30 de julho, a categoria decidiu entrar em estado de greve, até que as demandas fossem totalmente sanadas.

A categoria protesta contra o baixo “reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria”, como a exclusão de pais como dependentes no plano de saúde dos funcionários. Outro ponto de alteração nos convênios será o aumento na coparticipação, que hoje está por volta de 30%.

Para o diretor da subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS (Sintect) nos vales do Sinos, Caí e Paranhana, Luis Carlos Vieira, o reajuste de 0,8% oferecido pela empresa, “são migalhas, para uma empresa que voltou a ter lucro”, e conta que os Correios permanecerão em estado de greve até 31 de agosto. Caso o pedido de reajuste salarial não seja atendido, os Correios entrarão em greve após às 22h do dia 31.

Desde o início do governo Jair Bolsonaro, a direção da empresa estatal estuda uma possível privatização, defendida pelo presidente. Em nota, os Correios afirmam seguir em negociação com os empregados, com mediação do TST. “Não é oportuno tratar de greve neste momento”, afirma.

Diferença entre Estado de Greve e Greve

Por mais que pareçam iguais, greve e estado de greve são situações diferentes. Desde o dia 01 de agosto, os Correios operam em estado de greve, ou seja, trabalham normalmente, mas podem entrar em greve a qualquer momento, conforme nos conta o diretor da subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS (Sintect) nos vales do Sinos, Caí e Paranhana, Luis Carlos Vieira: “Por lei, os funcionários devem avisar a empresa com antecedência, que a qualquer momento os trabalhadores poderão entrar em greve”. Já a greve é quando os serviços são completamente paralisados, conforme explicou Luis.

Foto: Arquivo / JR