Sinalização e andaime indicam que a construção de passarela da Vila Irma deve ser intensificada

Sinalização por meio de cones, instalação de um andaime no meio do canteiro e a movimentação de operários, são alguns dos indícios que os trabalhos de construção de passarela no quilômetro 25, no bairro Vila Irma, devem ser intensificados. A obra fica próximo ao Pórtico da Asa Delta, na entrada de Sapiranga.

A licitação foi realizada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) em outubro de 2018, e somente dez meses depois, as primeiras máquinas eram vistas atuando às margens da rodovia.

Conforme a EGR, a estrutura que será erguida no km 25, no bairro Irma, já está em andamento e possui a previsão de conclusão até o fim deste ano, com investimento de R$ 1,4 milhão. Ainda segundo a empresa, a passarela que será erguida no km 29, próximo a Calçados Beira Rio, já tem projeto e empresa executora contratados e terá início em breve, só faltando os últimos ajustes legais em relação à obra, que custará R$ 1,1 milhão e levará 4 meses após o início.

A EGR reforça que ambas ficam em trechos da rodovia com intensa urbanização. Somadas, as obras representam R$ 2,5 milhões em investimento. A ordem de início, assinada pelo Secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e a EGR ocorreu lá em maio de 2019. Somente em 14 de agosto, os primeiros trabalhos para a primeira passarela sobre a RS-239, em Sapiranga, realmente começaram.

Redes de energia elétrica representaram prejuízos no andamento das passarelas

Inicialmente, a passarela do quilômetro 29 (aquela na Calçados Beira Rio) seria executada primeiro, porém, devido a alguns empecilhos, o andamento do processo no local parou. Diante essa situação, a passarela entre os bairros Vila Irma e Oeste, que foi licitada depois, passou a frente para ser executada primeiro. Houve a necessidade de remanejo de uma rede de alta tensão que estava no local onde a passarela seria instalada. Posteriormente, também precisaram ser removidas redes de fibra ótica do local. No outro local, no quilômetro 25, também houve necessidade de remanejo de uma rede de energia elétrica.

As passarelas

Cada uma das passarelas será composta por pilares nos canteiros, com dois conjuntos de rampas e quatro vãos, sendo dois sobre as pistas principais da rodovia e dois sobre as ruas laterais existentes ou previstas. Os vãos da passarela sobre a rodovia serão executados em estrutura mista, com vigas em perfis de aço e laje com forma de aço incorporada, técnica que prescinde do uso de escoramentos. Cada passarela aguentará um total de 500kg/m², para uso e os impactos nos pilares. As passarelas ficarão abertas para travessia de pedestres 24h por dia (ciclistas devem atravessar empurrando a bicicleta).

Mobilizações

Em diversas oportunidades, a Prefeitura explicou que desde 2013, está lutando para instalação das passarelas, que possibilitarão acesso seguro a pedestres nas travessias. Isso diante diversos registros de acidentes graves e fatais nos últimos anos na rodovia. Em 2017, a Prefeitura promoveu uma audiência pública debatendo a construção de passarelas na rodovia. Sapiranga promoveu várias reuniões junto à EGR na cidade para tratar das passarelas, além das obras de drenagem e pavimentação de 580 metros da rua lateral (entre a Rua Chaves Barcelos e a ponte do Arroio Sapiranga) na RS-239. Em outubro do ano passado também esteve reunida com a equipe de engenharia da EGR.

Comunidade opina

Valdemir Brumelhaus, 42, comerciante

“A passarela vai ajudar. Eu moro às margens da RS-239, e pelo menos, duas vezes por semana, preciso atravessar a rodovia. Vejo que pessoas idosas quase não conseguem atravessar.

Jéssica Vaz, 27, auxiliar administrativa

“Seis da tarde é o horário do dia com mais movimento. Acredito que ajudaria mais, ao invés de uma passarela, a instalação de uma lombada eletrônica seria mais útil.

Tiago Feld, 28, gerente de mecânica

“Acredito que não é o melhor ponto para a passarela. São poucas as pessoas que atravessam nesse ponto, a maioria faz isso mais lá embaixo aonde há empresas”.