Setor calçadista possui forte influência na economia local

Pioneirismo | Indústrias campo-bonenses possuíam papel fundamental na economia do Vale do Sinos

O desenvolvimento da indústria calçadista está associado à chegada dos imigrantes alemães e à ocupação da então colônia de São Leopoldo, da qual Campo Bom fazia parte. Entre esses imigrantes havia sapateiros, ferreiros, curtidores e artesãos.

Com o trabalho do cultivo da terra, mantinham junto à residência uma dependência especial para a fabricação do tamanco (com solado de madeira para o trabalho do dia a dia) e o chinelo (com solado de couro, mais delicado e para uso social).

Uma das primeiras fábricas do ramo que surgiram no Município, em 1890, é a fábrica de tamancos, chinelos e curtume de Jacob Vetter, no Morro das Pulgas, hoje, bairro Rio Branco. Em 1904, ao lado dos filhos Gustavo e Emílio Vetter à frente dos negócios, ampliam e trazem a indústria para junto da linha férrea. Em 1918, inauguraram amplo e moderno prédio. Da fábrica dos Vetter é que surgiram, posteriormente, novas indústrias calçadistas.

Contribuiu para o desenvolvimento do setor calçadista a grande oferta de matéria-prima, o couro, que era trazida pelos tropeiros que cruzavam a região do Vale do Sinos. Atentos à necessidade dos gaúchos em utilizarem indumentárias e artigos em couro, os primeiros colonos empreendedores no ramo coureiro-calçadista iniciaram o desenvolvimento de artigos em couro, como botas, chinelos e tamancos. Mais tarde, em 1928, surgiu a Scharten & Cia, dos então jovens Waldemar Von Scharten, Arlindo Ritzel e Arno Kunz.