Setembro para quebrar o tabu e falar de suicídio

Debates | Ações alusivas ao Setembro Amarelo discutem a situação sob a ótica de um problema de saúde pública

Região – Uma importante campanha está mobilizando instituições privadas e órgãos públicos neste mês de setembro: o Setembro Amarelo, que abre espaço para debater um problema de saúde pública, que ainda é considerado como tabu por muitos: o suicídio. Na região, diversas atividades foram desenvolvidas, com intuito de discutir e também abordar a prevenção ao suicídio.

Em Sapiranga, no dia 12, além de uma palestra a respeito do assunto, também foi realizada uma caminhada organizada pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A palestra, além de ser organizada pelo Caps, foi realizada em parceria com o Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva (Numesc), da Secretaria de Saúde, junto ao Centro de Valorização da Vida (CVV). Dia 16, foi a vez da Prefeitura de Nova Hartz, através da Secretaria da Saúde, promover uma atividade. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores e reuniu agentes de saúde que atuam nos Estratégias de Saúde da Família (ESFs) do Município.

Em Campo Bom, todas as Unidades de Saúde estão fazendo atividades no mês de setembro sobre o suicídio, além de ser realizados encontros no Caps, para os profissionais de saúde. Nesta quinta-feira (22), será feita uma palestra para os profissionais de Educação do Grupo de multiplicadores com parceria da Educação e Saúde. Em Araricá, ocorreu uma palestra sobre prevenção ao suicídio nesta quarta-feira (21), no Centro de Cultura Nelson Marchezan.

Tema que deve ser discutido

Nos municípios da região, ocorreram pelo menos dois casos recentes de suicídio. Entre eles, está o de Caboclão Murici, que tinha 71 anos e era um dos ícones do sertanejo de raiz da região. Sua morte aconteceu no dia 20 de agosto, no sítio onde ele morava, no bairro Campo da Brazina, no município de Araricá.

Além das prefeituras da região, que estão se mobilizando para abordar o tema em uma série de palestras e debates, o Curso de Psicologia da Universidade Feevale realizou, no dia 1º de setembro, atividades em alusão ao Setembro Amarelo. Além dos alunos participarem de uma caminhada pelo Câmpus II da Instituição, para sensibilização da comunidade acadêmica e entrega de material informativo, na parte da noite também ocorreu uma aula aberta aos acadêmicos do curso, com duas palestras sobre o tema.

De acordo com a coordenadora do Centro Integrado de Psicologia (CIP) e docente do curso de Psicologia da Universidade Feevale, Carmen Esther Rieth, o Rio Grande do Sul tem a maior taxa de suicídios de todo o país. “Também é o estado em que, atualmente, ocorrem mais mortes por suicídio entre jovens do que por AIDS. No entanto, não há campanhas relacionadas a esses dados tão alarmantes, pois se trata de tema considerado tabu em nossa sociedade”, salienta.

Além da palestra “Suicídio no trabalho: uma mensagem brutal”, ministrada por Carmen Giongo, também ocorreu a palestra “Trazer a morte para a vida: a abordagem do suicídio no fazer dos psicólogos”, ministrada pelos psicólogos Michele Lewis e Giordano Laranjeira Dias.

Crédito da foto: Clóvis Amaral

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