Setembro Amarelo: A depressão não é frescura

Reportagem: Leonardo Oberherr

Região – Por vezes nos encontramos aflitos, preocupados com tantas coisas, que esquecemos de cuidar de nós mesmos ou de quem nós amamos. Não são raras as histórias de jovens que se autoflagelam por não se sentirem bem com alguma coisa Seja com o próprio corpo, seja com a família, o relacionamento, ou até mesmo o seu dia a dia. Os casos de depressão são cada vez maiores e mais nocivos, e a doença já é tratada como uma das “doenças do século”.

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A depressão é um transtorno comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. A doença se manifesta de diferentes formas e isso varia de acordo com cada pessoa. E os motivos também. Nos homens, a doença é ainda mais agravada pela falta de procura especializada no tratamento. Por conta disso, os homens cometem três vezes mais suicídio que as mulheres. Dados do Ministério da Saúde sobre o tema alertam que uma pessoa comete suicídio a cada 46 minutos no Brasil.

A depressão é uma das maiores causas de suicídio no mundo, sendo que cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. No Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados pela Secretaria de Planejamento e Gestão, em 2017, a taxa de suicídios realizados no estado era de 11,65 a cada 100 mil habitantes O indicador revela que a taxa é maior que a média mundial, que é de 10,6 suicídios a cada 100 mil habitantes.Em Sapiranga, o número de atendimentos psicológicos também aumenta diariamente. A Prefeitura oferece serviços de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para a população, em diversos postos de saúde da cidade.

Ações da Organização Mundial da Saúde

Em artigo disponibilizado no site da Organização Pan-americana da saúde, existe ainda aquilo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) relata sobre os casos de suicídio, contextualizando com os efeitos e as ações práticas que a entidade procura tomar para que diminua os casos de depressão no mundo.

A depressão é uma das condições prioritárias cobertas pelo Mental Health Gap Action Programme (mhGAP) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O programa visa ajudar os países a aumentar os serviços prestados às pessoas com transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias, por meio de cuidados providos por profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental. A iniciativa defende que, com cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação, dezenas de milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, poderiam começar a levar uma vida normal – mesmo quando os recursos são escassos.

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