Região – A Semana Nacional do Trânsito inicia nesta quarta-feira, 18, e segue até o dia 25 de setembro, quando é comemorado o Dia Nacional do Trânsito. Em Sapiranga, serão realizadas palestras, atividades recreativas, simulações, entre outras ações que têm como objetivo conscientizar adultos e crianças sobre os cuidados que devem ter no trânsito.
No município, a programação já teve início no dia 6 e deverá seguir até o dia 30, com ações nas escolas infantis da cidade.
O ônibus da Escolinha de Trânsito está fazendo parte da campanha, e já fez algumas visitas. Os alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Leopoldo Sefrin receberam a visita do ônibus, onde assistiram vídeos educativos e tiveram uma conversa com os agentes da Guarda Municipal de Trânsito a respeito do uso das faixas de segurança, semáforos e a importância do uso do cinto de segurança.
O Professor em Legislação de Trânsito, da Universidade Feevale, Eliseu Carlos Raimundo defende. “A criança é o melhor instrumento de mudança da cultura nas atitudes, o trabalho não pode ficar restrito a intervenções pontuais e sim ser um processo continuado nos currículos desde as séries iniciais até o grau superior”, destaca.
Espaço coletivo
Eliseu acredita na importância de entendermos que o trânsito é um espaço compartilhado. “O seu direito não pode prejudicar o regramento coletivo, quando todos entenderem que o sistema viário visa harmonizar o deslocamento coletivo em meio a tantas vontades individuais, tenho certeza que estaremos nos aproximando de uma nova cultura em que a fiscalização poderá ser menos importante, e que a penalidade será aos poucos desprovida da responsabilidade”.
Código de Trânsito Brasileiro
O professor também falou da importância da criação do Código de Trânsito. “Desde a instituição do Código de trânsito Brasileiro através da Lei 9.503 de 22 de setembro de 1997, houve uma evolução significativa. Entre as principais alterações, estão a implantação de pontos associados a penalidade por infração de trânsito, classificação das infrações conforme seu grau de risco e responsabilidade perante a sociedade”, conta Eliseu.
Programação em Sapiranga
18/9 – Abertura da Semana Nacional do Trânsito com a apresentação teatral “Cedo Demais” no Centro de Cultura Lucio Fleck
19/9 – Blitz educativa da Semana Nacional do Trânsito
25/9 – Simulação de acidente
Programação do ônibus da escolinha de trânsito
23/9 – 9h30 e 15h30 EMEI Dominó
24/9 – 10h e 13h EMEI Aruanã
26/9 – 9h e 15h EMEI Bambolê
30/9 – 9h30 e 13h30 EMEI Branca de Neve
Simulação em Nova Hartz
Em Nova Hartz, os Bombeiros Voluntários do município realizaram a simulação de um acidente, no último sábado, 14, em frente ao museu. Na simulação, um carro e uma moto teriam colidido, sendo necessário o atendimento médico e a retirada das vítimas em meio aos escombros. No carro, um Chevette, havia uma criança, que não teve lesões por estar segura em sua cadeirinha. Gláucio Dietrich, comandante do Corpo de Bombeiros de Nova Hartz, destacou a importância de simulações como essa para que todos possam entender como funciona o trabalho dos bombeiros e a diferença que cuidados como o uso do cinto, não beber, uso da cadeirinha, respeito a velocidade, têm quando acidentes acontecem. “Quando acontece um acidente, a gente sempre pergunta quem foi o culpado, será que não deveria ser, ‘será que eu consigo evitar?’”, declara Gláucio.
Médias e pequenas cidades
O professor Eliseu também aponta, de forma geral, alguns desafios enfrentados pelos municípios para manterem um bom fluxo de trânsito, como a falta de organização e logística de empresas que se utilizam de espaços e horários importantes para o fluxo, para carga e descarga; a falta de um transporte coletivo de qualidade, que incentive o cidadão a usá-lo, de forma a reduzir o número de veículos nas vias; não saber conciliar o trânsito de veículos e pedestres; além de não saber realizar o compartilhamento das vagas de estacionamento; O professor indica como necessária “a adoção de uma política pública com o desenvolvimento consistente de plano de investimento na infraestrutura e mobilidade urbana”, além do “desenvolvimento de um processo de educação continuada e progressivo”.