Sem radares, RS–239 registra aumento do número de mortes

Crescimento | Rodovia que liga Vale do Sinos ao Vale do Paranhana é uma das mais letais do Estado

Região – A diminuição de controladores de velocidade na RS-239, associado ao crescimento da frota de veículos, pode estar contribuindo com o aumento do número de mortes na rodovia.
Estatística do Departamento de Trânsito (Detran/RS) revela uma curva ascendente de vítimas fatais em decorrência de acidentes em toda a rodovia nos últimos quatro anos (2011 a 2014 – ver tabela ao lado).
Até 2010, a RS-239 entre a Vila Brito, em Campo Bom, e a empresa Metalsinos, em Araricá, contava com nove controladores de velocidade (em um trecho de pouco mais de dez quilômetros). Com o desligamento das lombadas eletrônicas em frente da Calçados Beira Rio, em Sapiranga, no final de 2014, a RS-239 passou a contar com apenas três trechos controlados eletronicamente (um pardal em Novo Hamburgo, outro na divisa de Araricá e Sapiranga e outro controlador em Parobé). 
A redução no número de controladores de velocidade na RS-239 caiu 60% nos últimos quatro anos. Conforme o Detran/RS, no período, morreram 140 pessoas.
Em 2014, somente na área de responsabilidade do Pelotão Rodoviário da Brigada Militar em Sapiranga, houve um crescimento de 40% nos acidentes com mortes na rodovia, se comparado a 2013. Naquele ano foram 19 mortes violentas na rodovia. Já em 2014 foram 25 mortes (na área de jurisdição da Polícia Rodoviária de Sapiranga).
Jurisdição da EGR
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), explicou através da assessoria de imprensa, que estudos para a instalação de novos controladores dependem da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que possui a jurisdição (responsabilidade) pela rodovia. Somente após a indicação da necessidade é que o Daer analisa e dá andamento ao processo. Para manter uma fiscalização mínima, o Daer cita as fiscalizações com radares móveis feitas pelo Comando Rodoviário da Brigada MIlitar na RS-239 para coibir os excessos de velocidade ao longo da rodovia.
Sobre as lombadas eletrônicas desligadas em Sapiranga, o Daer explica que contratos estão na Central de Licitações e que eles são prioritários para que elas voltem a funcionar.